segunda-feira, 15 de agosto de 2011

As boas intenções

"Se o mundo está vendo e aplaudindo, ou ignorando, não importa. Tomemos a decisão de diminuir as boas intenções e aumentar as boas ações."
 
José Mazzarollo
  É impressionante o alto sentimento de boas intenções que paira sobre a mente das pessoas da nossa geração. O desejo de ajudar, socorrer e solucionar o problema do outro, contagia ricos e pobres do nosso tempo. Comprova-se esta verdade no grande volume de  manifestações públicas e privadas em favor das causas sociais. Há pessoas que formam correntes de oração para ganhar em loterias. Não com a intenção de ganhar o prêmio para si, mas com promessas de auxiliar necessitados (seria este o real desejo?). Candidatos a cargos eletivos prometem doar parte do seu salário a instituições de caridade, se eleitos.

Multiplicam-se diariamente ONGs, sindicatos de proteção, leis de amparo. Um caso pitoresco: Pastores, chegam a constranger seus fiéis a contribuir assegurando-lhe prosperidade total (estariam realmente preocupados com a prosperidade dos fiéis?). Fora a preocupação com animais. É só a imprensa  noticiar o mau trato a um animal, que de imediato levantam-se milhares de protestos e declarações solidárias em defesa, e ofertas para adoção. A síndrome das boas intenções tem atingido todas as classes sociais. No entanto, aumentam os desabrigados, famintos, drogados, incrédulos, desem-pregados e especialmente, multiplicam-se os desiludidos.

   Com o intuito de sermos coerentes com a verdade, busquemos na Bíblia o destino de um grande bem intencionado: evangelho de Lc 16.27/28  “Então replicou: Pai, eu te imploro que o mandes a minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos: para que lhes dê testemunho a fim de não virem também para este lugar de tormento”. Esta declaração está contida na parábola do rico e Lázaro. O rico mesmo no calor das chamas do inferno, clama com  boas intenções em favor dos seus irmãos, e suplica ao Pai Abraão que envie alguém  dentre os mortos para alertá-los a tempo de não caírem no inferno.


Circula na boca do povo, uma expressão popular que diz: “de boas intenções o inferno está cheio”. É verdade! segundo o evangelho, o rico era um homem de boas intenções, e regalava-se a si mesmo com presentes.  Podemos concluir que as reais boas intenções, quando anônimas, acabam em boas obras, mas as falsas boas intenções, se fazem presentes para exaltação e  proveito pessoal. O rico teve muitas oportunidades para praticar o bem, e certamente fez grandes obras sociais no seu tempo, quando estas lhe  rendessem votos ou honras.  No entanto foi incapaz de olhar com piedade para o mendigo Lázaro. Negou-lhe até as migalhas que caiam da sua mesa. Por quê? Porque Lázaro era um pobre coitado, que não lhe somava popularidade,  nem podia retribuir-lhe em nada os favores. As pessoas dotadas da falsa boa intenção medem tudo antes de fazer,  não alcançam um copo de água sem medir o retorno.

   Os falsos bem intencionados tem esta característica peculiar, estão sempre olhando para as necessidades alheias, chegam a abandonar seus compromissos, família, filhos. compromissos sagrados  que Deus vai cobrar, porque a  responsabilidade maior é com a nossa alma e nossa família. De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a própria alma?  Cuidado, esta é uma técnica diabólica.

Contato: mazzarollo@coimpressa.com.br
José Mazzarollo está diariamente na rádio Metrópole AM 1570, às 8h e 18h; 
e sábados das 17h30min às 18h30min.
 
Todas as segundas das 19h às 20h, no Programa Comando da Cidade na TV Urbana e no Programa Momento Espiritual, todas as segundas das 20h30min às 21h na TV Urbana (UHF 55 e NET 11)





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