quarta-feira, 24 de março de 2010

Esteio: o clíck indiscreto do dia-a-dia - l

Sem comentário!
(Fotos capturadas hoje,quarta-feira - dia 24/3/2010 - Poste de iluminação pública na Rua Dias, na Vila Boqueirão em Esteio)

Esteio: o click indiscreto do dia-a-dia - II

Sem comentário!
(Fotos capturadas hoje dia 24/3/2010 - Poste de iluminação pública na Travessa Planalto, na Vila Boqueirão em Esteio)

Enchentes em Esteio atingiu residências, derrubou muros, ruas e avenidas ficaram intransitáveis em vários pontos da cidade. Agora aumenta muito o risco de Leptospirose.

O aumento das chuvas e enchentes nos últimos dias provocou um salto no número de pontos de alagamento registrados e têm assustado a população do município de Esteio. Moradores de várias vilas e bairros que não costumavam alagar tiveram que conviver com enchentes nestes primeiros meses deste ano, aumentando a preocupação referente a leptospirose, considerando que o  menor contato com água infectada, como a das enchentes, por exemplo, já oferece risco de contaminação.

A forte chuva provocou alagamento na via pública. A água atingiu residências, derrubou muros e muitas ruas e avenidas ficaram  intransitáveis em vários pontos da  cidade. Algumas galerias e bueiros entupidos bloquearam a circulação em vias importantes no interior de bairros e vilas que não recebem atenção da municipalidade. Foram verificados vários pontos de alagamento com vias intransitáveis, quando as ruas ficam total ou parcialmente bloqueadas pela água, impedindo a passagem de pedestres e veículos. 



A chuva também causou transtornos na Rua Dias e Travessa Planalto na Vila Boqueirão, no Bairro Jardim Planalto em Esteio. Os moradores dizem que não recebem a menor atenção do Poder Público Municipal. Os bueiros e canos da rede de esgoto estão entupidos, as ruas esburacadas, cheias de mato e alguns postes da rede elétrica estão podres, quase caindo. Mas a principal preocupação dos moradores é a contaminação pelo contato com a urina de  ratos, presente no valão, esgotos e bueiros que cortam a vila. A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria leptospira, encontrada principalmente na urina de ratos e transmitida aos humanos através da mistura da urina de ratos às águas das chuvas, enxurradas e lamas de enchentes. 

Segundo especialistas:“Qualquer pessoa que tiver o mínimo contato com a água infectada, pode ser contaminada pela bactéria. A leptospira penetra no corpo através da pele, geralmente, se o indivíduo tiver algum tipo de lesão.  Frieiras, cortes, unhas encravadas, arranhões, ferimentos e lesões, podem ser uma porta de entrada para a leptospirose”.

Com as fortes chuvas que caíram nos últimos dias em Esteio a Vila Boqueirão voltou a sofrer com os estragos causados pela chuva. Dessa vez, a situação ficou ainda mais crítica, pois os canos do valão que corta a Rua Dias estão entupidos e transbordaram, inundando todas as residências. 


Até as residências mais altas foram atingidas pelas águas da enchente. Ao lado do Colégio Estadual Planalto e na Rua Dias, a força das águas derrubou  muros inteiros. Muitos moradores passaram o dia  todo  ilhados. Em várias residências, moradores precisaram resgatar pessoas que passaram mal e auxiliar vizinhos durante a enchente. “Da prefeitura de Esteio não apareceu ninguém por aqui”, disse uma moradora indignada com o descaso da municipalidade.

Não é de hoje que em Esteio, as enchentes sempre se constituíram em um fator emblemático.  Na Vila Boqueirão (Ex-COHAB) todos os anos durante o período de chuvas a vila assemelha-se a um arquipélago, com todos os quarteirões inundados onde algumas casas ficavam ilhadas. Depois fica como triste memória a lembrança das trágicas enchentes que periodicamente atingem a vila, causando prejuízos a quase todos os moradores.

terça-feira, 23 de março de 2010

Casa em área de risco está interditada desde 2007, mas família continua morando até hoje (23/3/2010) sobre um terreno em erosão, sob risco de desabamento.

Com o grande volume de chuvas dos últimos dias, houve alagamentos em todas as regiões da cidade de Esteio. Nas áreas de risco, a preocupação é com a segurança.

A maioria das pessoas, principalmente as crianças, nem se dão conta do risco que correm ao brincar no interior da sua casa. Os pais aflitos olham o céu pra saber se vai continuar chovendo. Tanta preocupação tem um motivo especial para os moradores do número 171, da Rua Viterbo José Machado, Bairro Jardim Planalto em Esteio. A família de Maria Eliana vive sob risco em uma casa interditada desde 2007. A casa fica a poucos centímetros de um barranco com um desnível superior a 5 metros na divisa dos terrenos, sem nenhum tipo de contenção aparentemente visível, apresentando somente um talude natural divisório, parcialmente comprometido devido ao desmoronamento ocorrido pela chuva.

Maria Eliana, moradora da residência diz que: “Durante a noite, principalmente nos dias de chuva eu fico com um olho no quarto das crianças e o outro no barranco em erosão, sob o risco de desabamento”.  Moradora do bairro há 23 anos, sempre na mesma casa e pagando imposto , ficou surpresa quando em 2002, na área que faz fundos para o seu terreno adquirido da COHAB, houve uma ocupação irregular. “O local faz parte de um desnível de terrenos e logo em seguida iniciou-se uma grande construção de dois pavimentos” observou.

Segundo Eliana, "Na época a Prefeitura de Esteio teria autorizado a construção do prédio, mesmo considerando que a área ocupada não estava no mapa. Posteriormente os moradores começaram a pagar IPTU, como se fosse os legítimos donos".

“Com a chegada das chuvas, comecei a perceber o perigo do desmoronamento. Procurei a Prefeitura e os Bombeiros de Esteio e eles certificaram o que eu já desconfiava: o barranco com a nova casa de dois andares poderia desabar a qualquer momento”, disse.
Baseada em um laudo técnico, realizado por um profissional registrado no CREA, Maria Eliana disse que não é possível afirmar, que o prédio localizado na divisa dos fundos do seu imóvel, não esteja com sua estabilidade comprometida, tendo em vista que uma parte dele está assentada sobre solo comprometido, com infiltrações em pleno processo de erosão. É necessário que se faça com urgência a contenção do barranco, sob pena de todo conjunto entrar em colapso, e atingir todo o seu entorno, com conseqüências danosas.
No dia 14 de julho, fiscais da prefeitura notificaram (N° 061/07) a moradora do prédio com laudo condenatório (Lei Municipal 785/71- Art. 196) para: Demolir ou reparar – Desocupar o imóvel em até 24 horas

Segundo um laudo técnico, assinado pelo Engenheiro da Prefeitura Municipal de Esteio, no dia 13 de junho de 2007: “O esgoto cloacal da edificação da Avenida Porto Alegre é lançado através de um sistema inadequado até o terreno inferior...”

 “A edificação da Avenida Porto Alegre, com dois pavimentos, não apresenta aparentemente fundações compatíveis com a estrutura existente, topografia e solo local. Não identificado nenhum tipo de drenagem ou contenção na mesma área...”

“A mesma edificação, visualmente avaliada, apresenta quatro pilares de sustentação do pavimento superior (ao nível da Av. Porto Alegre), com grande esbelteza, apresentando características questionáveis quanto ao dimensionamento e as cargas sobre eles submetidas...”

“Os muros divisórios laterais, pertencentes aos dois terrenos avaliados, apresentam parcial desestabilização devido à fundação existente, inadequada com o tipo de solo e topografia do terreno...”

“A parte dos fundos do terreno da Rua Viterbo José Machado, devido ao grande desnível, não apresenta nenhum tipo de contenção e drenagem compatível com a topografia e tipo de solo existente.”

O engenheiro concluiu o laudo afirmando: “Trata-se de área com grande risco de desmoronamento e possível tombamento da edificação da Av. Porto Alegre, devido à falta de contenções, drenagem e infraestrutura inadequada das construções envolvidas.” (O grifo é do laudo)

O laudo técnico emitido em 2007 aponta entre outras coisas, que o projeto da edificação da Av. Porto Alegre deveria ser avaliado na totalidade da sua concepção (principalmente estrutural), para posterior identificação das possíveis correções necessárias.

No Corpo de Bombeiros de Esteio (8° Comando Regional-BM), consta um boletim de atendimento, datado de 10/6/2007, que houve um atendimento a um deslizamento, sito a Rua Viterbo José Machado, 171, Jardim Planalto em Esteio. A guarnição (viatura 1122) que atendeu o chamado de emergência, através do fone 193, compareceu no local,  constatatando através da certidão de ocorrência n° 011/2007, assinada pelo Comandante do Corpo de Bombeiro de Esteio), que: “estava desmoronando o muro existente nos fundos da residência. Também o terreno que existe está deslizando. Os moradores foram orientados a terem cuidado e não utilizarem os cômodos da residência que estão próximos do terreno...”

Em 19 de junho de 2007, a Prefeitura Municipal de Esteio apresentou um Auto de Interdição aos moradores da Rua Viterbo José Machado, 171. A residência foi interditada: “face ao risco de colapso estrutural (parcial ou global) da mesma, pondo em risco a integridade física dos moradores da edificação em questão, conforme laudo técnico da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, respaldado nos Artigos 32º e 33º da Lei Municipal 1261/85.”

O caso foi parar no Poder Judiciário, na 3ª Vara da Comarca de Esteio, processo n° 014/1.07. 0002825-9,  ação cominatória ajuizada pelo Município de Esteio contra a moradora da Av. Porto Alegre  a COAHB – Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul. No dia 02/7/2007 foi ratificado o auto de interdição do imóvel da Rua Viterbo José Machado, para que ele seja mantido desocupado e que os proprietários sejam condenados a construírem o muro de contenção. Segundo despacho do judicial: “Ressalta-se que existe urgência no pavimento, consubstanciada no fundado receio de dano irreparável, tendo em vista o risco de desabamento do imóvel, objeto da lide, o qual coloca em risco a vida dos moradores no local...”

No dia 06/10/2007, foi publicado o Termo de Audiência Civil, na 3ª Vara da Comarca de Esteio, onde as partes Município de Esteio, COHAB (ausente) e moradora da Avenida Porto Alegre reafirmaram a possibilidade de manutenção do imóvel adotando as medidas exigidas: “Realização de laudo de estabilidade  estrutural em todo o imóvel, enfocando-se, principalmente, a questão relativa à drenagem, à construção de muros de contenção, bem como análise das vigas. Ainda, enfocaram a necessidade de recobrir imediatamente o talude, com material apropriado, evitando-se, assim, o agravamento da situação de deslizamento até que sejam implantadas as medidas necessárias... “ Segue o termo de audiência fixando prazo: “... Foi acordado que a ré teria o prazo de 30 dias para realização do projeto com as medidas apontadas pelos peritos,..” Até hoje, absolutamente nada do que foi acordado entre as partes foi realizado (Sic...).

“Eu tenho medo, principalmente à noite, de o barranco desbarrancar. E se desbarrancar é perigoso, pode cair toda a edificação de dois pavimentos da casa da vizinha dos fundos sobre a minha casa, pode matar toda a minha família”, diz Maria Eliana.

Eliana afirma que a prefeita de Esteio, na época prometeu que o Município construiria no local um muro de contenção pra evitar deslizamento. Mas até hoje, dia 23 de março de 2010, nada foi feito e nunca mais ninguém apareceu no local e tudo está como antes, desde 2007, no quartel de Abrantes.

Quando Chove, a lama que escorre pelo barranco do terreno dos fundos invade a casa da família da Eliana. O casal  protege as crianças, suspende os móveis e tenta tirar a sujeira que se espalha por toda parte. “Eu confesso que estou apavorada morando aqui, mas não tenho outro lugar para morar”, finalizou Maria Eliana.

sábado, 20 de março de 2010

Barricada fecha a Rua Roque Gonzáles, no Bairro Santo Inácio em Esteio, porém abre caminhos para solução dos problemas com enchentes.

Em Esteio, grande parte dos moradores da Rua Roque Gonzáles, no Bairro Santo Inácio, saiu às ruas para protestar contra o descaso da municipalidade com a situação das enchentes no bairro, principalmente nos dias de chuva.

O protesto contra as enchentes foi pacífico e iniciou na madrugada de sexta-feira para sábado (20/3) quando os moradores do Bairro Santo Inácio sofreram com mais uma enchente e, assim que pararam as chuvas, iniciaram os protestos. Os móveis, eletros-domésticos, materiais escolares, roupas e alimentos danificados pela enchente foram colocados no meio da rua para paralisar o trânsito e chamar a atenção das autoridades municipais para o grave problema que já se arrasta por vários anos.

O protesto contou com mais de uma centena de moradores que se manifestaram contra as enchentes que já se tornaram um pesadelo para todos. Indignados mostram que a população não aceita mais as desculpas dos governos de que as enchentes são apenas um fenômeno inevitável causado pelas chuvas ou por lixo jogado nas ruas, exigindo a solução do problema.

Segundo um morador do bairro, governos anteriores não solucionaram o problema e sempre fizeram uma incansável campanha de que a população de Esteio seria responsável pelas enchentes, pois o lixo na rua entupiria os bueiros impedindo o escoamento da água. O próprio prefeito Gilmar Rinaldi  em visita ao local, se encarregou de desmentir essa informação, uma vez que admitiu que o problema é de infra-estrutura da rede de esgoto pluvial e prometeu resolver com urgência.

Moradores da Rua Roque Gonzáles, mesmo desanimados, tentam retomar a vida depois das chuvas que deixaram alguns desalojados, sem móveis, dignidade e pouca esperança. 

Depois da enchente muitos moradores estão preocupados com o risco de contaminação pela água suja.

Segundo especialistas o risco de contaminação por leptospirose, hepatite A e outras doenças aumentam em decorrências das enchentes. A chance de contrair vírus ou bactéria pode ser ainda maior com oa água da chuva e o  calor. A leptospirose, transmitida pelo leptospira, um micro-organismo que pode contaminar a água das chuvas a partir da urina de ratos e de cães, principalmente. A existência de ferimentos é outro fator que aumenta a contaminação quando a pessoa entra na água suja. O diagnóstico é bem simples, mas alguns casos são graves, a atenção precisa ser rápida e a recomendação é procurar imediatamente um médico.

Prefeito de Esteio assina termo de compromisso para obras na rua Roque Gonzales
Após a realização de um estudo técnico, o local receberá ações para resolver o problema dos alagamentos
Após os prejuízos ocasionados pela cheia na rua Roque Gonzales, no bairro Santo Inácio, o prefeito Gilmar Rinaldi reuniu-se com os moradores do local para definir ações para solucionar o problema da rede de drenagem, que há mais de uma década causa transtornos à comunidade. Durante o encontro, realizado na Secretaria Municipal de Obras e Viação, na noite de quarta-feira (24), Gilmar assinou um termo de compromisso que prevê a realização de um estudo técnico e o início das obras em um prazo de cerca de 60 dias.
O prefeito e o secretário de Obras, Flávio Hiller, explicaram aos moradores a importância da elaboração de um estudo técnico, para evitar transtornos em outras regiões e resolver o problema de escoamento da Roque Gonzales. “A solução deve ser estudada em detalhes para que seja definitiva”, afirma Gilmar. “Somente com o estudo será possível apontar a melhor medida a ser adotada”, acrescenta Hiller. O prefeito informou ainda que irá disponibilizar colchões e reparos nas residências para os moradores mais atingidos. Depois dos esclarecimentos, os moradores fizeram questionamentos e sugestões.
Para o mecânico de manutenção, Adão Cláudio Vicente Benge, 46 anos, o prazo de 60 dias é razoável, visto que o problema se estende há tantos anos, “confio que o estudo seja a melhor maneira para fazer um serviço bem feito”. Adão revela que teve menos prejuízos com a última cheia, mas sabe o que os vizinhos estão enfrentando. “Já perdi muitas coisas, estofados, armários, e até meus certificados e trabalhos de cursos que fiz. O trabalho que a gente faz com amor vai todo embora”, descreve Adão.
Saiba mais:
Ligue para Prefeitura Municipal de Esteio - Secretaria Municipal Articulação Institucional e Comunicação (51) 3473.6705. Coordenador de Comunicação: Luiz Damasceno - (51) 8188.6946

quarta-feira, 17 de março de 2010

Esteio: o clíck indiscreto do dia-a-dia


 Em Esteio centenas de terrenos baldios estão completamente abandonados, servindo como depósito de lixo, viveiro para baratas, ratos e mosquitos. 

A maioria dos terrenos baldios estão completamente abandonados, inclusive alguns de propriedade do próprio município de Esteio. Sem fiscalização eles estão impedindo o trânsito de pedestres nas calçadas.  

Mau exemplo encontramos na Rua Fernando Ferrari, bem no centro da cidade.Veja a foto.

Lixão: moradores da Travessa Bouqueirão pedem socorro

Moradores da Travessa Boqueirão (mais conhecida como Rua da Vergonha), Bairro Campina, imediações do posto de reciclagem de lixo em Esteio, não aguentam mais a grande quantidade de lixo descartado defronte suas residências.  Animais mortos, esgoto que corre a céu aberto na via pública, fogo no lixo inflamável e o inexplicável descaso da Prefeitura Municipal de Esteio, são alguns dos problemas enfrentados por todos. Até quando?