Petroleiros reafirmam sua indignação e exigem respeito à vida, um basta às mortes e à insegurança no Sistema Petrobrás.
A refinaria Alberto Pasqualini – REFAP, fundada em 1968, estabelecida na Avenida Getúlio Vargas, 11001, Bairro São José, no Município de Canoas, no Estado do Rio Grande do Sul, que faz divisa natural com o Município de Esteio é motivo de curiosidade para quem passa pelo local. No canteiro central da rótula de acesso a BR 116, defronte ao portão principal da empresa foram cravadas 300 pequenas cruzes brancas, juntamente com uma faixa com os seguintes dizeres: “300 mortes na Petrobrás! Em defesa da vida. Acordo coletivo 2011” e outra defronte ao portão da REFAP: “A vida sim é nossa energia!
Desde 1995, os petroleiros já choraram a morte de 309 companheiros. Diariamente a maioria dos acidentes são acompanhados e precedidos por inúmeros incidentes e quase tragédias, relatados e denunciados.
Segundo representante do sindicato dos petroleiros, em 2011, quinze trabalhadores morreram em acidentes na Petrobrás. Somente no mês de agosto, foram oito vítimas, num total de 309 desde 1995. Um número alarmante que reflete a insegurança crônica que vivem os trabalhadores da Petrobrás e subsidiárias, principalmente os terceirizados, que são as maiores vítimas de acidentes na empresa. A defesa da vida é o eixo principal da campanha reivindicatória, cujo tema é “A vida, sim, é a nossa energia – Exploração, só de petróleo”.
A campanha em luto contra as centenas de mortes causadas por condições inseguras de trabalho em que vivem principalmente os trabalhadores terceirizados, que são as maiores vítimas dos acidentes. O ato público tem a finalidade de reafirmar que o respeito à vida deve estar acima dos lucros e das metas das empresas.
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