sábado, 9 de janeiro de 2010

Nova pintura do monumento em Homenagem ao Expedicionário mostra o pracinha torrado, pela explosão da falta de cultura histórica dos restauradores




O Executivo Municipal de Esteio providenciou através de uma empresa particular a restauração da Praça do Expedicionário, mas a placa colocada no Monumento em Homenagem aos Pracinhas da Força Expedicionária Brasileira - FEB, no dia 14 de julho de 1945, continua lá esperando restauração. O pior mesmo foi a falta de sencibilidade dos responsáveis pela infeliz escolha da cor que pintaram o nosso tradicional monumento.

A solicitação para que o Executivo Municipal restaure a pintura do pracinha e a placa colocada no pedestal do monumento em homenagem aos expedicionários brasileiros, integrantes da FEB é uma reivindicação da população de Esteio. O Pracinha foi pintado recentemente na cor cinza, alterando a sua cor original e o monumento continua com o texto da placa comemorativa, completamente adulterado.

Durante a restauração e pintura do monumento, foi substituída a lápide original gravada no seu pedestal, inaugurado num Ato Solene em Homenagem Póstuma aos Bravos Soldados Brasileiros que lutaram na segunda Guerra Mundial, realizado na antiga Praça Arnaldo Bard, atual Praça do Expedicionário, entre a Rua 24 de agosto e Avenida Dom Pedro.

O pracinha da Força Expedicionária Brasileira - FEB, no referido monumento, ostentava farda cor verde oliva, botas ou coturnos pretos, fuzil nas cores originais a coronha na cor marrom – representando madeira e o cano na cor cinza metálico, representando metal, o que foi totalmente descaracterizado. Na farda o brasão da FEB com as cores originais também desapareceu e no pedestal do monumento, a lápide alusiva a homenagem solene realizada em 1945, onde estava gravada em alto relevo a seguinte inscrição:

“Glória Eterna
À ti, soldado expedicionário, que, com tua bravura sem par, tão alto elevaste o sagrado pavilhão da Pátria
Em longínquas terras da velha Europa
Homenagem do povo do Esteio”.
14 de julho de 1945

foi retirada pela Prefeitura Municipal de Esteio e substituída por outra que não consta o texto original. Recentemente a placa original, sem restauração foi colocada no chão, no meio da grama, ao lado do monumento.

Por iniciativa do cidadão esteiense Dr. Jorge de Souza Moraes, Sub-prefeito e Sub-delegado de polícia de Esteio, no período anterior a emancipação política e administrativa do município, o expedicionário, foi o primeiro monumento a ser erguido no Brasil em “Homenagem - àqueles que tão brilhantemente defenderam destemidamente a nossa Pátria, a nossa liberdade, tão prezada pelo heróico povo brasileiro, imortalizando em Praça Pública os feitos de nossos irmãos combatentes durante a segunda Guerra Mundial”.

Na intenção de resgatar o nosso Patrimônio Histórico, muitas pessoas solicitam ao Poder Executivo Municipal de Esteio, para que substitua a atual cor cinza pela cores originais e a placa em metal, que não tem nada a ver com o monumento, recolocando no seu devido lugar a original restaurada, com o texto tradicional, em respeito a memória de todos aqueles que perderam a vida em nome da liberdade dos povos. Confiamos na sensibilidade do Prefeito Gilmar Rinaldi – PT e do Vice-prefeito Fladimir Costella – o Costelinha – PMDB, para avaliar a importância deste ato significativo para a memória dos esteienses e daqueles que tão brilhantemente defenderam a nossa pátria.

No livro “Esteio: Obra e Progresso de um Povo” editado nas Oficinas Gráficas da Escola Profissional “Padre Cacique” - Porto Alegre, escrito pela esteiense Ex-vereadora Lufredina de Araújo Gaya, nas páginas 88, 89 e 90, a autora faz referências ao “Monumento do Expedionário Brasileiro”. Conforme o texto, o primeiro prefeito de Esteio Luiz Alécio Frainer solicitou em 1958, aproximadamente 13 anos depois da inauguração, à Câmara Municipal de Vereadores uma verba de Cr$ 25.000,00 para remodelação do monumento que representa o valoroso pracinha brasileiro.

A solenidade de remodelação aconteceu no dia 07 de setembro de 1958 com a presença de inúmeras autoridades Civis, Eclesiásticas e Militares da FEB, com a participação de um Batalhão do 19º Regimento de Infantaria, composto pela sua Banda Marcial, hoje 19º Bimtz do Exército Brasileiro, sediado no Município de São Leopoldo.

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