terça-feira, 3 de julho de 2012

A riqueza e a pobreza


José Mazzarollo

Podemos afirmar categoricamente: há muitos que empobrecem ao enriquecer; e há outros que enriquecem, permanecendo pobres. Na exposição diária que todos os homens estão submetidos, o ter passou a ser prioritário. Os valores morais estão sufocados pela aparência exterior. Há um encantamento para modelar o corpo, para desfilar com um automóvel de luxo, ou com uma roupa de grife. Neste culto de si próprios os homens espelham-se em uma imagem irreal e enganosa. Não é para menos, as imagens coloridas em alta definição aparecem em tamanho gigante nos televisores, no computador e capas de revistas todos os dias. Lá só há espaço para  os que enfeitam o seu exterior, não importa se o pobre  coração verte lágrimas silenciosas de dor.

 A paz não é feita de moedas, porque não podemos enfiar dinheiro para dentro do coração, muito menos encher a mente de cédulas.

No livro do Apocalipse há uma profecia adequada aos nossos dias: “pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”(Ap 3.17).  A falsa ilusão criada pelo aumento da ciência, tem elevado o coração dos homens, fazendo-os esquecerem-se da verdadeira fé. O conforto da TV a cores, computador,  bebida gelada e automóvel, está em todas as classes sociais. A riqueza e suas  fantasias tomaram de assalto o coração da humanidade. Para muitos o sonho da felicidade está alicerçado nos bens e desejos da matéria. 

A profecia prevê a falsa riqueza dos últimos tempos. Para comprovar esta realidade não necessitamos de grandes pesquisas, mas sabemos o assustador número de pessoas que se suicidam, um número ainda maior de depressivos e estressados, e não poucos sonâmbulos que atravessam as noites com pesadelos, porque não conseguem repousar. A paz não é feita de moedas, porque não podemos enfiar dinheiro para dentro do coração, muito menos encher a mente de cédulas. Se o coração tivesse bolsos e a mente cofres, talvez as cédulas pudessem proporcionar felicidade.  

A moeda que sustenta a felicidade está no amor. Amor é Deus. Amor é a plenitude da virtude em ação.  A verdadeira riqueza não está na satisfação da carne e seus desejos, mas nos valores da alma.  A imagem enganadora vendida pelos artistas que se apresentam sempre com largos sorrisos, e belas companhias, faz o pobre espectador imaginar-se distante da verdadeira felicidade, e um eterno frustrado quando utiliza esse falso medidor do mundo artístico. 

A vida real de artistas, atletas, cantores e pessoas públicas, não passa de um atoleiro de problemas e contendas. Misturados num procedimento de constante infidelidade, jogam-se no álcool, drogas, e vícios de toda a ordem. No entanto vendem uma imagem de plena felicidade e sucesso. 

Estamos em tempo de educar bem a nossa mente, e não deixarmos esse século roubar a nossa paz e felicidade, com enganosos parâmetros, que os fracos de espírito costumam medir-se.  A inveja leva as pessoas a cobiçarem o alheio, esquecendo-se de olhar para aquilo que possuem. Deus é o autor da felicidade e realização. Busquemos nos valores celestiais a verdadeira e incorruptível  moeda da riqueza. Saibamos ser ricos com o que possuímos e teremos alcançado o grande passo da felicidade.

 Contato: mazzarollo@coimpressa.com.br

 José Mazzarollo está todos os dias na rádio Metrópole AM 1570, às 8h e 18h; e aos sábados das 17h30min às 18h30min; Todas as Segundas das 19h às 20h, no Programa Comando da Cidade na TV Urbana e no Programa Momento Espiritual, todas as Segundas das 20h30min às 21h na TV Urbana (UHF 55 e NET 11); Também  o livro, “Receitas Espirituais”, disponível em todas as livrarias.







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