José Mazzarollo
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Podemos afirmar categoricamente: há muitos que empobrecem ao
enriquecer; e há outros que enriquecem, permanecendo pobres. Na exposição
diária que todos os homens estão submetidos, o ter passou a ser prioritário. Os
valores morais estão sufocados pela aparência exterior. Há um encantamento para
modelar o corpo, para desfilar com um automóvel de luxo, ou com uma roupa de
grife. Neste culto de si próprios os homens espelham-se em uma imagem irreal e
enganosa. Não é para menos, as imagens coloridas em alta definição aparecem em
tamanho gigante nos televisores, no computador e capas de revistas todos os
dias. Lá só há espaço para os que
enfeitam o seu exterior, não importa se o pobre
coração verte lágrimas silenciosas de dor.
A paz não é feita de moedas, porque
não podemos enfiar dinheiro para dentro do coração, muito menos encher a mente
de cédulas.
No livro do Apocalipse há uma profecia adequada aos nossos
dias: “pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma, e nem
sabes que és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”(Ap 3.17). A falsa ilusão criada pelo aumento da
ciência, tem elevado o coração dos homens, fazendo-os esquecerem-se da
verdadeira fé. O conforto da TV a cores, computador, bebida gelada e automóvel, está em todas as
classes sociais. A riqueza e suas
fantasias tomaram de assalto o coração da humanidade. Para muitos o
sonho da felicidade está alicerçado nos bens e desejos da matéria.
A profecia prevê a falsa riqueza dos últimos tempos. Para
comprovar esta realidade não necessitamos de grandes pesquisas, mas sabemos o
assustador número de pessoas que se suicidam, um número ainda maior de
depressivos e estressados, e não poucos sonâmbulos que atravessam as noites com
pesadelos, porque não conseguem repousar. A paz não é feita de moedas, porque
não podemos enfiar dinheiro para dentro do coração, muito menos encher a mente
de cédulas. Se o coração tivesse bolsos e a mente cofres, talvez as cédulas
pudessem proporcionar felicidade.
A moeda que sustenta a felicidade está no amor. Amor é Deus.
Amor é a plenitude da virtude em ação. A
verdadeira riqueza não está na satisfação da carne e seus desejos, mas nos
valores da alma. A imagem enganadora
vendida pelos artistas que se apresentam sempre com largos sorrisos, e belas
companhias, faz o pobre espectador imaginar-se distante da verdadeira felicidade,
e um eterno frustrado quando utiliza esse falso medidor do mundo artístico.
A vida real de artistas, atletas, cantores e pessoas
públicas, não passa de um atoleiro de problemas e contendas. Misturados num
procedimento de constante infidelidade, jogam-se no álcool, drogas, e vícios de
toda a ordem. No entanto vendem uma imagem de plena felicidade e sucesso.
Estamos em tempo de educar bem a nossa mente, e não
deixarmos esse século roubar a nossa paz e felicidade, com enganosos
parâmetros, que os fracos de espírito costumam medir-se. A inveja leva as pessoas a cobiçarem o
alheio, esquecendo-se de olhar para aquilo que possuem. Deus é o autor da
felicidade e realização. Busquemos nos valores celestiais a verdadeira e
incorruptível moeda da riqueza. Saibamos
ser ricos com o que possuímos e teremos alcançado o grande passo da felicidade.
Contato: mazzarollo@coimpressa.com.br
José Mazzarollo está todos os dias na rádio Metrópole AM 1570, às 8h e 18h; e aos sábados das 17h30min às 18h30min; Todas as Segundas das 19h às 20h, no Programa Comando da Cidade na TV Urbana e no Programa Momento Espiritual, todas as Segundas das 20h30min às 21h na TV Urbana (UHF 55 e NET 11); Também o livro, “Receitas Espirituais”, disponível em todas as livrarias.
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