quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Esteio quer ser uma "Cidade Mais Humana"













Quantas pessoas, nestes dias de inverno dormem em baixo dos viadutos, passarelas, casas e prédios públicos abandonados em Esteio e as nossas autoridades passam indiferentes.

A exemplo do que ocorreu nos viadutos e passarelas da cidade, em baixo do viaduto da BR 116, agora com o evento da Expoínter, também foram retirados (com policiais) os andarilhos que moravam lá, depois colocaram enormes pedras no local. Para onde está indo este povo?

Atualmente defronte a antiga agência do INPS, no bairro Três Portos moram alguns moradores de rua que não recebem auxilio de nenhum orgão público. Principalmente á noite, na porta principal (pelo lado de fora, é claro!) do Hospital Municipal São Camilo de Esteio há muitos anos mora uma pessoa., antiga moradora de Esteio (com visíveis problemas de saúde), que além de outros problemas, diz que é muito doente. O que essa gente está necessitando é de um lugar para viver com dignidade. Não basta retirar eles do local onde estão e colocar em outro ainda pior.

Os esteienses têm visto muitas pessoas abandonados nas ruas da cidade, nos últimos tempos. Isso causa uma série de tristeza, traumas e muitos problemas para todos. Considerando que estas pessoas abandonadas têm várias garantias constitucionais, o Poder Público deveria ser responsabilizado por não lhes dar condições mínimas de viver com dignidade. Os Governos, em minha opinião são responsáveis pelo bem estar e dignidade de todas as pessoas sob sua tutela e ingerência.

Querer que os nossos governos resolvessem tudo, é utópico e ilusório. Acho que os governos devem ser cobrados em medidas pontuais. O nosso, por exemplo, em relação aos miseráveis até agora está sendo extremamente omisso. Não está construindo asilos, creches, casa de passagem, albergue, e deve ser cobrado. Não é possível vivermos em paz vendo todos os dias tantas pessoas vivendo à míngua, doentes e esfomeados, perambulando e dormindo pelas ruas. Nesse caso o Município que deseja ser uma "Cidade Mais Humana", deveria ser compelido a dar uma solução humanitária à questão.

A solução desse problema não é plantar azaléas na avenida principal da cidade, em regra também não está no custo, número de reuniões realizadas ou na propaganda oficial, mas sim na vontade política e na capacidade administrativa dos administradores. Por outro lado, o povo esteiense também tem que evoluir, ser mais solidário e participativo, auxiliando seus semelhantes que, na maioria das vezes, foram abandonados por todos.

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