(Fotos capturadas hoje, dis 25/11/2010, em Esteio)
Não sabemos o dia exato em que um morador de rua teve a idéia de trocar o banco de uma praça da cidade por uma sepultura no Cemitério Municipal 2 de Novembro em Esteio.
O jazigo tem dois espaços ocupados pelos mortos de uma família esteiense. No lado direito, em cima da sepultura onde está enterrado um dos cadáveres, dorme um homem acompanhado de dois cães.
Pelo que parece os responsáveis pelo jazigo e os administradores do cemitério não conhecem o “inquilino” que mora em um local insalubre, e, durante a noite, vive cheio de mosquitos e baratas.
No entendimento de algumas pessoas, se o jazigo é particular e da sua família, ele pode permanecer no espaço. Dentro do tumulo, o “inquilino” mantém um acolchoado, lençol fino, um travesseiro, algumas peças de roupas masculinas, roupas íntimas femininas, um tênis surrado, pote com garfo e restos de alimentos...
(Fotos capturadas hoje, dia 25/11/2010, em Esteio)
O novo “inquilino” do cemitério criou um mundo particular dentro do túmulo. À noite (após às 18h 30min), quando o portão se fecha e os funcionários vão embora, ele vai até uma torneira e toma banho. A roupa suja, ás vezes, é lavada no mesmo local.
Desconhecendo a câmera de segurança instalada nas proximidades, do jazigo apesar da iluminação restrita, pelo que parece, ele não teme ficar sozinho com os mortos para se entregar nos braços de Morfeu.
Já Dormi Em Cemitério
Está mania de pessoas antigas
De dizer que ai lugares metidos a assombrados
Eu por exemplo sou gaúcho e não creio
Até em cemitérios já tenho posado
Ainda estes dias se deu um caso serio
Disparei da policia e fui dormir no cemitério
E eu por lá passei a noite descansado
Porque não vi policia e nem delegado
Eu tenho medo só de gente viva
Pela mania que as pessoas têm
De gente morta eu não tenho medo
Porque os coitadinhos não fazem mal a ninguém
“Claro que não faz!
Não te assusta de caveira João!
Têm muita gente que quer ver tua caveira!”
Já Dormi Em Cemitério
Está mania de pessoas antigas
De dizer que ai lugares metidos a assombrados
Eu por exemplo sou gaúcho e não creio
Até em cemitérios já tenho posado
Ainda estes dias se deu um caso serio
Disparei da policia e fui dormir no cemitério
E eu por lá passei a noite descansado
Porque não vi policia e nem delegado
Eu tenho medo só de gente viva
Pela mania que as pessoas têm
De gente morta eu não tenho medo
Porque os coitadinhos não fazem mal a ninguém
“Claro que não faz!
Não te assusta de caveira João!
Têm muita gente que quer ver tua caveira!”
Já Dormi Em Cemitério é uma composição de Gildo de Freitas editada no álbum Figueira Amiga, em 1982.
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