José Mazzarollo |
A dor não marca hora, logo a cura também não pode esperar pelo dia seguinte, quando pode agravar-se e matar o paciente.
Qual é o melhor dia para fazer uma
cura? Segundo os fariseus não poderia em hipótese alguma ser no sábado. Jesus
quebrou o paradigma do fanatismo, sem violar o sagrado mandamento fazendo
milagres e prodígios em qualquer dia, inclusive no sábado. “De novo entrou
Jesus na sinagoga, e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos. E
estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de sábado, a fim de o
acusarem” (Mc 3.1-2). E realmente Jesus o tomou pela mão e o curou, afirmando
ser lícito fazer bem também aos sábados. O próprio Cristo ampliou o conceito de
santificação do sétimo dia, que para os fariseus resumia-se a parar de
trabalhar.
A dor não marca hora, logo a cura
também não pode esperar pelo dia seguinte, quando pode agravar-se e matar o paciente.
Os fundamentalistas religiosos, cauterizados em seus abotoados conceitos não
penetram no real sentido espiritual da fé que imaginam professar. A religião e
a fé são poderosas armas para a libertação. Aquele que faz da sua fé um ídolo,
anula-lhe todo o poder que poderia conduzi-lo ao mais elevado estágio de
entendimento, prestando com isso, um péssimo serviço a verdadeira religião.
Temos que ter bem presente, o dever
de fazer o bem, especialmente no sábado, pois, é o único dia santificado da
semana, os demais contém bênçãos, mas o sábado tem o acréscimo de ser santo.
Com esse fanatismo idolatrado os fariseus conseguiram criar argumentos para as
igrejas, primeiramente para igreja católica e depois nas evangélicas um
conceito de que Jesus anulou o sábado por trabalhar e fazer curas. Em lugar algum da Bíblia encontramos qualquer referência a esse
respeito. A semana continua com seus sete dias intactos desde o princípio.
Todos sabemos qual é o primeiro dia da semana e também o sexto dia.
Basta pensar um pouco, desenhando um
cenário imaginário desde acontecimento, imaginando, entrando um pouco no olhar
dos fariseus e o desserviço que prestaram a humanidade com seus invejosos
olhares. Não conseguiram ver a felicidade e alegria do homem curado, e por ele
teriam admirado Jesus. Não o invejoso, precisa depreciar o trabalho alheio a
qualquer preço. Essa lição nos serve como alerta, especialmente na geração que
nos pertence, onde admirar e apoiar a obra alheia tem sido cada vez mais
raro. Não sejamos fariseus, mas cristãos
autênticos e que Deus nos abençoe com o orvalho do céu.
Contato: mazzarollo@coimpressa.com.br
José Mazzarollo está todos os dias na Rádio Metrópole AM 1570, à 8h e 18h.
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