segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Lançamento: Colheita - 90 poemas escolhidos

Esther Fujisawa 
A poetisa 
Esther Fujisawa realizou o lançamento do seu livro Colheita 90 poemas escolhidos, dia 28 de novembro, às 19 horas, na Sala Luiz Alécio Frainer,da Câmara de Vereadores, na rua 24 de agosto, 535, em Esteio. 

Ao longo de mais de 50 anos, Esther Fujisawa vem semeando poemas e cultivando amizades. Os poemas, sementes jogadas ao vento, eram presenteados a amigos, publicados em antologias e jornais, ou, então, democráticos, viajavam pelas ruas de Esteio, sua cidade, no projeto Poesia no ônibus.

   Agora chegou o tempo da colheita, o trigo está maduro e o rubro das papoulas dá ao campo um ar festivo, bem de acordo com a leveza com que Esther enfrenta a vida.

   O livro Semear se organiza em quatro partes, ou quatro tempos – também poderiam ser quatro estações – de extensão diversa.

   O primeiro é o tempo do futuro, um tempo ainda por descortinar, e onde apenas há um poema, dedicado ao neto Koji, que será de fato o artífice do futuro e a quem o livro é dedicado. A esse menino caberá prosseguir a semeadura, levando adiante, no sangue e no coração, a história de sua família binacional.

   O segundo bloco, o tempo passado, traz de volta lembranças da infância e da juventude da poetisa, de seu cotidiano de menina: as luvas, o lenço de cabeça florido, a mochila de tecido azul, o sorvete de casquinha, as miudezas esquecidas dentro de uma antiga gaveta. Trivialidades que o leitor encontra transfiguradas pelo olhar poético, que transcende o banal dando-lhes uma dimensão insuspeitada.

   O terceiro conjunto de poemas é o mais extenso e se detém sobre o tempo do presente em reflexões existenciais, ora em tom grave, ora jocoso, ou ainda indignado. O leitor encontrará nas preocupações de Esther os seus próprios questionamentos diante da vida.
Fechando a seleção, o tempo da memória tematiza as perdas, que na família de poetisa foram muitas e dolorosas. Lamento, angustia, revolta e esperança marcam, com maior ou menor intensidade, esses poemas sofridos. O último texto, o mais extenso de todos, é uma elegia ao líder político gaúcho Leonel Brizola, que sempre admirou.

   Colheita é um livro delicado, para se ler com a alma disponível e o coração aberto, disse Vera Maria Tietzmann Silva.

   Esther Fujisawa era Moretti Nunes até casar-se com o engenheiro Haremi Fujisawa que aportou no Rio Grande do Sul no final dos anos 60. Reside em Esteio e teve sua formação acadêmica na vizinha cidade de São Leopoldo, onde obteve seu diploma em Letras e construiu amizades para a vida toda.

   Tendo enorme facilidade em aprender idiomas, além do inglês, francês e espanhol, também fala o árabe, que aprendeu com seus amigos comerciantes de Esteio, e3, é claro, o japonês, que se inclui entre os bens partilhados com o marido. Mas os bens maiores do casal são a filha Eiko e o neto Koji, nissei e sansei, respectivamente. Esther é membro atuante de diversas entidades culturais, como União Brasileira de Escritores do Rio Grande do Sul, a Casa do Poeta Riograndense, a Casa do Poeta de Esteio, a Academia Literária Gaúcha e várias outras agremiações.

   O livro a Colheita foi editado e impresso na Century Gothic, ateliê da Cânone Editorial, em Goiânia. Projeto de capa Luciana Oliveira e Paula e diagramação de Fátima Oliveira




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