quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Cemitério Municipal de Esteio está sendo preparado para o Dia de Finados.

Entrada principal do Cemitério Municipal 2 de Novembro, em Esteio.


O Cemitério Municipal 2 de Novembro não passa por reformas há anos, mas além da limpeza necessária, o meio-fio dos acessos estão sendo pintado, o jardim recebe especial atenção e a grama cortada no intuito de melhor recepcionar a comunidade no Dia de Finados. As famílias poderão realizar limpeza, colocação de flores e melhorias nos túmulos. Mais informações com administração do cemitério pelo telefone: 3473-0032.

As tradicionais “Missas de Finados” serão realizadas no Cemitério Municipal de Esteio, dia 02 de novembro, com início às 08h 30min, 10h e 16h. Os cultos religiosos serão oficiados pelos Padres Valdemiro da Igreja Santo Inácio, Francisco, da Igreja Nossa Aparecida e Darlei das Igrejas Nossa Senhora das Graças e Coração Maria.

No Dia de Finados o cemitério municipal de Esteio vai contar com uma equipe de oito agentes da Guarda Municipal. Será ampliado o horário de atendimento ao público, a secretaria e os portões estarão abertos das 6h às 20h, sem fechar ao meio dia.  Um caminhão “pipa” distribuirá água para os serviços de limpeza e manutenção. Sanitários químicos, um masculino e outro feminino, ficam à disposição dos visitantes. Nos dias primeiro e dois de novembro as ruas no entorno do cemitério estarão fechadas, impedindo a circulação de veículos e haverá bancas para venda de flores, nas imediações.




A equipe do cemitério municipal de Esteio conta com cinco servidores (Dalila, Elizete, Air, Almerinda, João e Jair), no cargo de serventes que são responsáveis pela limpeza e manutenção geral de todas as quadras, jardins, capelas mortuárias (4), sanitários (5), prédio da administração e, ás vezes, por necessidade de serviço, eles transportam carrinhos que levam os mortos até os túmulos e auxiliam em exumações de corpos. A coordenadora (Jacira) conta com um servidor administrativo (Rafael), e dois vigias (Giovane e José) que prestam serviços à noite.

Os funcionários encontram dificuldade para manter durante o ano, a organização de uma área total de 5 hectares e 15 mil sepulturas (com 57 mil mortos) aproximadamente, incluindo gavetas sociais mortuárias e túmulos. O atendimento a população inicia diariamente das 07h às 19h, inclusive domingos e feriados. Dois pedreiros e dois serventes (José, Paulo, Paulo Daniel e Eli) lotados na secretaria de obras, atualmente prestam serviço no cemitério.





 
A equipe de funcionários inicia preparação para o Dia de Finados no Cemitério Municipal 2 de Novembro, em Esteio com as mesmas dificuldades que enfrentam durante o ano,  por falta de condições e material de trabalho. Cinco roçadeiras novas foram adquiridas pela administração municipal para o cemitério, mas os funcionários contam apenas com duas máquinas velhas, em péssimo estado de conservação, (Sic...).

 
Cemitério Municipal de Esteio em situação preocupante. 

O cemitério municipal de Esteio é o principal  local de sepultamento dos esteienses, onde descançam para a vida eterna nossos amigos, familiares e conterrâneos. Mas nem tudo nessa história é positivo. O blog Esteio: o clíck indiscreto do dia-a-dia esteve lá várias vezes durante os últimos anos, verificando que nos dias de chuva, a água invade toda a área, impossibilitando o acesso dos visitantes e centenas de túmulos ficam em baixo d’água.

A municipalidade deveria verificar as reais condições de segurança da estrutura de concreto que abriga as gavetas mortuárias do cemitério e fazer os reparos necessários. Uma vistoria rigorosa tranquilizaria a população que periodicamente visita seus entes queridos.


Muitas sepulturas  recebem a visita de vândalos, principalmente à noite. Além desses problemas, outro mais grave ainda existe. As estruturas de concreto estão caindo pela infiltração d’água e falta de manutenção, pelo menos nos últimos quinze anos.

Em todos prédios das “gavetas mortuárias” não existe iluminação por falta de manutenção. Há graves problemas estruturais por descaso e falta de manutenção, como calçamentos, telhas do prédio administrativo e capelas mortuárias quebradas.

Muitas pessoas que visitam familiares mortos e sepultados no Cemitério Municipal de Esteio estão preocupadas com a constatação de que parte da ferragem da estrutura de concreto está corroída pela ferrugem, apresentando  rachaduras nas chapas, vigas e  colunas. Edificações particulares, nas mesmas condições, certamente seriam condenadas pela fiscalização.

Constatamos visualmente o acúmulo de água, ferrugem e rachaduras na parte superior da laje que não tem sistema de drenagem ou cobertura de proteção. A rede elétrica (nos locais onde ainda existe) está em péssimo estado de conservação. Em vários pontos encontramos vazamentos nas gavetas mortuárias e muitos mosquitinhos voando nas imediações. Algumas partes do reboco já caíram e, certamente há risco de desabar o resto. Se o cemitério fosse particular, certamente que a fiscalização Prefeitura já teria interditado o  local, notificado o proprietário e  intimado a fazer revisão completa na rede elétrica, chapas de concreto, colunas, vigas e nas marquises, apresentando laudo técnico.




Dona Maria Clara visita os túmulos de familiares com frequência e disse que o local só não parece totalmente abandonado pela dedicação e esforço da equipe, que mesmo sem contar com o apoio da administração, consegue fazer pequenos milagres. “Estive lá há uns 10 dias e fiquei apavorada com o péssimo estado de conservação dos prédios e pelo que pude observar pessoal mente, faz anos que não recebem nem pintura. O que depende dos funcionários, por exemplo: a grama está sempre bem cortada, o jardim arrumadinho e nunca encontrei lixo acumulado nos acessos. Mas, a gente sente, o depende dos administradores, eles não estão zelando por aquele espaço”, lamenta.

A manutenção e os principais cuidados com as sepulturas são de responsabilidade das famílias e como se trata de um cemitério municipal, algumas passam anos sem receber a manutenção necessária. “Mas também falta a Prefeitura de Esteio assumir sua parte ou não?”, questiona a costureira Débora Martin, que tem parentes e vários amigos sepultados no local e faz questão de manter as lápides sempre limpas e bem conservadas.

“A Prefeitura de Esteio deveria providenciar a colocação de várias lixeiras, para que as pessoas tenham onde depositar as flores velhas e não deixem jogadas em qualquer lugar para serem recolhidas pelos funcionários do cemitério que atualmente conta com pouca gente para trabalhar”, alerta o mecânico Juvenal dos Santos.

O titular da Secretaria Municipal de Obras, responsável pelo cemitério disse em uma emissora de rádio (FM 88.3 – Tradição), que o cemitério não tem equipe fixa e que ele conta com apenas três equipes de trabalho para fazer a limpeza geral em todo o Município e quando desloca uma delas para o cemitério, fica somente duas, que não é suficiente. Um dos integrantes da equipe de funcionários que trabalha diariamente há vários anos no cemitério de Esteio se manifestou dizendo: “Apesar de ser uma área grande, considero que é fácil de limpar, basta à gente receber o equipamento adequado e necessário”.

Mas, para uma grande parcela da população, por parte da administração falta investir dinheiro ou vontade de fazer. “O prefeito deveria mandar um engenheiro com uma equipe para fazer o levantamento das necessidades do cemitério e resolver definitivamente os problemas que, não são de hoje, mas a população e os funcionários conhecem muito bem”, afirmou o policial aposentado José Machado, 58 anos.


As construções realizadas no cemitério deveriam estar de acordo com as normas técnicas e ambientais, quanto à impermeabilização e  dimensões e que os serviços seja feitos somente por empresas habilitadas.

Pessoas que visitam o Cemitério Municipal 2 de Novembro de Esteio, reclamam do mau cheiro que exala de alguns túmulos que estão em péssimo estado de conservação. Vários apresentam rachaduras, onde entre o limo e a tinta, corre chorume (gordura que ressuma das carnes) atraindo mosquitinhos. Parte das gavetas mortuárias foi lavada pelos funcionários da secretaria de obras em 2006, mas não adiantou. O problema é na estrutura das chapas de concreto que recebem infiltração d’água nos dias de chuva.

“Nosso cemitério está abandonado mesmo, falta interesse do poder publico. O que é feito com a verba que é arrecadada das taxas altíssimas que os moradores e usuários pagam apesar do esforço dos funcionários do cemitério mais o que fazer sem dinheiro”, denuncia Enir, empresário.

 
O Cemitério Municipal 2 de novembro de Esteio, infelizmente não está recebendo a devida atenção da atual Administração Municipal. Embora a coordenadora do cemitério e os demais funcionários estejam “fazendo das tripas coração” (*), para o bom andamento dos trabalhos, o atual secretário de obras, responsável pelo cemitério, pelo descaso, recebe as maiores críticas de grande parcela da população esteiense.
O titular da Secretaria Municipal de Obras, responsável pelo cemitério, foi notificado sobre a irregularidade de não estar cumprindo os preceitos de algumas leis municipais referente ao pagamento no ato de taxas de sepultamento, o que continua acarretando o mau desenvolvimento das atividades administrativas de cobrança.

O descaso com o cemitério de Esteio, nos últimos anos, quanto a falta de segurança, precárias condições de trabalho, conservação e manutenção tem gerado efeitos negativos na população. A falta de manutenção nas estruturas das quatro capelas e nos prédios de gavetas fúnebres é preocupante.


Vândalos depredam Cemitério Municipal de Esteio e atingem aproximadamente três mil sepulturas nos últimos meses.

A situação continua a mesma verificada há cerca de três anos quando a reportagem do Clíck indiscreto esteve no local. Túmulos quebrados, peças saqueadas, facilmente encontrados em quase toda a extensão do cemitério, onde cerca de cinqüenta e sete mil corpos estão sepultados.

Vários túmulos foram quebrados e saqueados mais de uma vez.  Muitas  sepulturas estão danificadas, a reforma das  gavetas mortuárias ficou só em promessas. Vândalos arrancam e levam todos os metais, as pedras de mármore e granitos das sepulturas alheias, mesmo na presença de câmara de segurança, vigia noturno e guarda municipal.

Os furtos, roubos, atos de vandalismos, adornos, revestimentos quebrados ou metais furtados das sepulturas, chegam a 3 mil sepulturas vandalizadas somente em 2011, sem citar o medo constante em que vivem os funcionários com a falta de segurança dentro do cemitério.


Um ato deplorável foi cometido por vândalos, durante a madrugada no Cemitério Municipal de Esteio quando violaram dois túmulos e roubaram dois crânios.


Vândalos invadiram na madrugada do último dia 12, o cemitério de Esteio,  violaram dois túmulos e roubaram dois crânios, um pertencente um adulto e outro a um natimorto.

A violação de túmulos e o desrespeito aos mortos é crime tipificado no Código Penal brasileiro nos artigos 210, 211e 212, que prevê pena de um a três anos de detenção.

Informações dão conta que esta não é a primeira vez que túmulos são violados no Cemitério Municipal 2 de Novembro. 
Nos últimos meses mais de dois mil túmulos foram danificados por vândalos e muitos violados. A comunidade local está estarrecida com os fatos.




O crime contra o respeito aos mortos propõem-se a proteger os sentimentos dos familiares e amigos do morto, desde a cerimônia funerária, passando pela violação de sepultura, destruição, subtração,  ocultação até o vilipêndio a cadáver.

Artigo 211  Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.
Artigo 212  Vilipendiar cadáver ou suas cinzas:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa.

A ausência de manutenção das estruturas físicas dos prédios das gavetas fúnebres colabora para o avançado estado de deteriorização em que se encontram. Constatamos que diversos pedaços do reboco de paredes e chapas do teto já caíram e outras ainda estão para cair. O local é freqüentado por milhares de visitantes, principalmente no Dia das Mães, Pais e Finados, tornando a situação de extremo risco de acidentes.
O problema do cemitério de Esteio não é de hoje, faz mais de 15 anos que, entra e sai governo e ninguém toma nenhuma providência. Funcionários e visitantes, quando circulam pelo local, principalmente no verão sentem o mau cheiro do necro-chorume putrefato que escorre pelas rachaduras e buracos do prédio das gavetas mortuárias. Os responsáveis pelo cemitério municipal de Esteio foram informados do problema e apesar dos inúmeros pedidos de providências, não houve qualquer tipo de manutenção, reforma ou pintura nos prédios fúnebres, conforme pode ser facilmente constatado.

A população reclama das capelas que estão abandonadas, sem iluminação de emergência, faltando azulejos nas paredes e possuem infiltrações d’água, nos dias de chuva. Nas capelas “A” e “D” por exemplo, a água da chuva cai até em cima do caixão durante os velórios e periodicamente é interditada. O acúmulo de água na laje de concreto é tanto que além das capelas os funcionários retiram água da chuva acumulada no chão, no restante do prédio administrativo. Chove em cima do caixão do morto, entre os ventiladores de teto, rede elétrica, banheiros e cozinha, causando mofo e bolhas de água que comprometem toda a estrutura. O secretário responsável pelo cemitério foi informado da situação e da urgência para solucionar o problema, várias vezes, desde 2010 e até hoje, além de não resolveu nada.

 








Nos dias de chuva o cemitério fica em baixo d’água, tanto as sepulturas, quanto os corredores se alagam, misturando o necro-chorume altamente contaminado com a água da chuva. Considerando que no cemitério não existe qualquer tipo de drenagem (Será que o cemitério municipal de Esteio tem licença expedida pela FEPLAN para funcionamento?), os funcionários e visitantes poderão ser contaminados, segundo um laudo de vistoria técnica, expedido em 2002 com notificação aos responsáveis, mas até hoje, a situação dos servidores e visitantes continua sem solução.

Outro problema do cemitério é o espaço físico para novos sepultamentos que já está quase esgotado, não havendo espaço próprio para construção de novas sepulturas. Fomos informados que estão sendo tomadas medidas paliativas, insuficientes para tentar resolver o problema de espaço, no único cemitério municipal de Esteio, enquanto grande área de terra está abandonada, cheia de mato e lixo, servindo de abrigo para depósito clandestino de lixo, traficantes e viciados em drogas.

Sempre em segundo plano, o escritório da administração conta somente com móveis velhos ou danificados que são descartados por outras secretarias municipais. Muitas fichas, por falta de arquivo, estão sendo colocadas em caixas de papelão nas prateleiras improvisadas com restos de madeira, a mercê do mofo, devido à infiltração e umidade. Os fichários existentes estão cheios, enferrujados, amassados, com gavetas trancadas ou quebradas. Os carrinhos fúnebres de transporte dos corpos até a sepultura estão velhos e com sérios problemas, dificultando o trabalho dos funcionários que, às vezes, são obrigados a transportar os caixões até a sepultura sem o auxílio dos carrinhos.


 

Providências urgentes foram solicitadas várias vezes por parte dos funcionários a Administração Municipal, a fim de evitar o agravamento dos problemas que em alguns casos, estão se tornando irreversíveis, mas sempre sem sucesso.

A situação já é crítica, mas pode piorar ainda mais se continuar o descaso com o cemitério e algum funcionário “inteligente” retirar o escritório administrativo do local onde está instalado desde sua fundação do cemitério, transferir os arquivos, fichas e alguns funcionários para outro lugar bem distante, secretaria de obras, por exemplo, dificultando à prestação de serviços a comunidade. Depois, manter o cemitério fechado à noite e não permitir velório após as 18 horas. Falta ainda, proibir as pessoas de morrer, principalmente após as 20 horas ou ainda, solicitar aos servidores do Hospital São Camilo para não liberar, antes das 6h, o corpo de quem morrer por lá.  Se caso acontecer uma coisa dessas, certamente seria o começo do fim.



Dormindo no Cemitério Municipal de Esteio 
Outro problema verificado são os usuários de drogas que ocupam boa parte do cemitério, principalmente à noite. Vários jazigos já foram ocupados por indigentes. Na foto um morador de rua dormindo tranquilamente, bem pertinho dos mortos, em cima de uma sepultura.(imagens arquivo - Clíck indiscreto 2011)
Ninguém sabe o dia exato em que alguns moradores de rua tiveram a idéia de morar nas sepulturas no Cemitério Municipal 2 de Novembro em Esteio. Os jazigos têm espaços ocupados pelos mortos e, em cima das sepulturas onde estão enterrados os cadáveres, dormem pessoas abandonadas pela cidade que quer ser mais humana. (imagens arquivo - Clíck indiscreto 2011)
Flagramos um homem dormindo em cima de um túmulo, envolvido em um cobertor de lã. No local o cheiro de álcool era forte. Dizem que um cemitério não é definitivamente o melhor lugar para se dormir ou acordar depois de um porre. (Imagem - arquivo Clíck indiscreto - 2011)


Se você ficar achando que a situação do cemitério de Esteio está ruim, não sabe o quanto ainda pode piorar.

Uma fonte ligada a Secretaria de Obras informou que a Administração Municipal, em 2012, pretende abrir processo de concessão pública para administração do Cemitério Municipal 2 de Novembro, “Pelo menos essa é a idéia”, disse.  A proposta é apontada como a solução “milagrosa” para resolver (a falta de capacidade administrativa?) as precárias condições de conservação de prédios, equipamentos e funcionamento. Segundo a mesma fonte, o projeto que viabiliza a primeira parte do plano de concessão, solicita autorização para a transferência da administração do cemitério para o prédio da Secretaria Municipal de Obras, criando sérios incômodos a população. A solicitação estaria na prefeitura (em banho-maria, dizem), para avaliação do prefeito, mas ainda não tem data para acontecer. A indefinição certamente se dá em virtude da dependência da Administração Municipal em encontrar, nos seu quadro de funcionários (políticos que ocupam cargos em comissão - CCs), profissionais com capacidade em administração de cemitério, empresas privadas interessadas a assumir tal tarefa e a contrariedade da opinião pública, principalmente no período eleitoral.
 





Embora a população reconheça a existência de inúmeras deficiências e o precário estado das instalações, a Prefeitura de Esteio parece desconhecer a real situação que se encontra o Cemitério Municipal.


(*) “fazer das tripas coração” É uma expressão recorrente que está ligada a qualquer atividade em que uma pessoa se dedica com (esforço sobre-humano) todas suas forças. Sejam elas de ordem física, intelectual ou emocional, para conseguir algo que parece impossível.








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