quarta-feira, 5 de maio de 2010

Em Esteio, edificação inacabada foi tomada por desocupados, viciados em drogas e andarilhos.

Prédios públicos e particulares abandonados em áreas nobres da cidade, são comuns em Esteio. Muitos são usados como depósito de lixo,  consumo de drogas, sexo e até moradia. O Clíck indiscreto do dia-a-dia, nestes últimos anos percorreu alguns locais onde esses imóveis estão abandonados. Em alguns, vizinhos reclamam do barulho à noite, do mato, lixo, mau cheiro e da insegurança.

Em vários terrenos de propriedade do Município que estão completamente abandonados, encontramos pneus, lâmpadas, vidros quebrados, móveis, eletrosdomésticos danificados, restos de materiais de construção, medicamentos, animais mortos, além de muitos preservativos, são encontrados garrafas de plástico com cheiro de cachaça, latas de refrigerantes utilizada para consumo de crak, papel higiênico e placas de espuma espalhadas pelo chão. Durante o dia, a maioria dos locais não são freqüentados, mas segundo moradores próximos, à noite sempre tem  muita gente, consumindo drogas, depositando lixo e praticando sexo.

Na maioria dos locais o mato tomou conta e, segundo vizinhos, o maior problema, além da insegurança é o perigo de doenças devido a presença de baratas, ratos, mosquitos entre outros animais.
  Além da falta de fiscalização, o maior problema é que muitos destes imóveis devem estar na Justiça, com penhora, e em certas ocasiões não dá para solucionar definitivamente o problema, mas será que os proprietários de todos os imóveis abandonados em Esteio (incluindo os imóveis de propriedade do município) são notificados e autuados?

Entre as ruas Aldo Locateli e Veiga Marques, no Parque Santo uma obra abandonada (fotos acima) serve de moradia de pessoas que vivem em situação precária. No local encontramos sem teto, desocupados, mendigos, andarilhos e vários animais domésticos. 


“À noite é o barulho no local que atormenta qualquer vizinho; o mau cheiro, ás vezes, também é insuportável e não há o que fazer”, diz a dona-de-casa Silvia Regina, que mora numa residência próxima à edificação abandonada. O mato tomou conta do terreno que já está sendo usado para depósito de lixo.

O prédio em construção está totalmente abandonado. As paredes, telhado e alambrados destruídos e mato alto são as características do terreno, que também abriga consumidores de drogas à noite.
Os vizinhos dizem que já fizeram várias queixas na prefeitura e que até hoje não deu em nada. A polícia, ás vezes, aparece e faz a sua parte, mas logo depois o pessoal invade novamente o locai.

Os moradores usam o próprio “quintal” do prédio para fazer as necessidades fisiológicas. “Não temos nenhum outro jeito e o negócio é cavar um buraco, fazer as necessidades e tapar novamente para evitar o mau cheiro”, conta João Carlos, que é auxiliar de serviços gerais e está desempregado.

Ele conta o seu drama diário: “Muitas vezes não tenho o que comer e quando consigo catar papel, garrafas pet ou latinhas de refrigerante ou cerveja, ganho  algum dinheiro, compro alimentos e divido com os meus companheiros”. Às vezes, ele ganha uns trocados como guardador de veículos e alimentos, mas geralmente não dá para o seu sustento. “Vou tocando a minha vida como Deus quer, esperando realizar o meu maior sonho que é trabalhar com carteira assinada, ter o que comer todos os dias e morar em uma casinha com boas condições”, finalizou.

A Prefeitura de Esteio, através da Secretária Municipal de Saúde e Ação Social  deveria enviar com urgência, nos locais onde “moram” pessoas necessitadas (sob viadutos, pontes, passarelas, marquises e prédios abandonados), equipes de médicos e assistentes sociais para  tomar providências e tentar fazer alguma coisa para tirar estas pessoas desta situação desumana”, Afinal, Esteio não está “tentando” ser uma cidade mais humana? 

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