domingo, 7 de março de 2010

Lixo. Poeira. Preconceito. Desemprego. Insegurança. Descaso. Doenças. Pobreza. Os sintomas estão todos lá e combinados explodiram numa convulsão que tomou uma das ruas da Vila Barreira em Esteio.

Moradores e moradoras da Vila Barreira em Esteio, indignados/as ergueram  barricadas na via pública e atearam fogo, impedindo o trânsito de pedestres e veículos, procurando chamar atenção da municipalidade para os  graves problemas que enfrentam há vários anos.

 
Na Vila Barreira, em um terreno de propriedade particular foi aberta uma rua de chão batido, no local é depositado toneladas de lixo de todos os tipos, inclusive, animais de pequeno e grande porte mortos. O tráfego de veículos e o descarte de lixo são sinônimos de transtorno para os moradores, que reclamam do barulho, mau cheiro e da poeira na região.
De acordo com a Polícia (Brigada Militar que atendeu a ocorrência), o protesto foi pacífico e apenas parte da estrada foi fechada. Duas viaturas permaneceram no local até que as crianças pararam de alimentar o fogo ecom pedaços de madeira e os policiais do Corpo de Bombeiros apagaram o fogo das barricadas que a população colocou no local. 
Assim, depois de algum tempo, as máquinas e caminhões da prefeitura, mais uma vez retiraram o lixo. Carros continuaram trafegando, no entanto, muitos motoristas, com receio de serem atingidos  pelos manifestantes, preferiram fazer o retorno no local, passando por atalhos.

Um morador, afirmou que: “Apesar do grande tumulto, a rua ficou sob controle da Brigada. O que a população quer é a retirada definitiva  do lixão, pavimentação da rua para acabar com a poeira e melhor atendimento na área de saúde pública”, disse.
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Segundo outro morador da vila, que não quiz ser identificardo o lixão não segue as exigências da lei ambiental, que prevê a redução de impactos na área. A prefeitura de Esteio não resolve o problema da estrada por onde os caminhões passam e a população de Esteio e cidades vizinhas, diariamente descartam todos os tipos de lixo. Outra reclamação é a falta de atendimento médico, principalmente para as crianças.

Alguns moradores das imediações da rua do lixão solicitam que, enquanto a prefeitura não encontra solução para o problema, diariamente, caminhões-pipa deveriam molhar a estrada para evitar o levantamento de poeira. Quanto ao lixo, dizem que basta notificar a empresa proprietária da área de terras para cercar sua propriedade. O município deveria colocar mais fichas de atendimento médico no posto de saúde do Caíc e um fiscal por alguns dias, sob condições controladas, para impedir a colocação de lixo na via pública. “Será que é tão difícil?”, perguntam.

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