Muito pouco se fala, muito se olha para o relógio (quem ainda não vendeu) e para os documentos pessoais em mãos. Todos são esteienses desempregados que na madrugada já esperam em uma enorme fila, a oportunidade para tentar dar entrada no seguro-desemprego. Madrugada passada na frente da Casa do Trabalhador, em Esteio, não garante o encaminhamento da solução dos seus problemas, muitos voltam para casa sem conseguir a senha de atendimento e certamente, na semana seguinte enfrentarão uma nova fila, ainda maior.
É horrível uma pessoa perder o emprego, mas ainda é melhor do que pude constatar pessoalmente; a presença de um casal, se habilitando junto, na fila do seguro-desemprego.
A renda familiar do casal caiu radicalmente e como a maioria dos desempregados, agora são obrigados a cortar o telefone e mudar de casa para poder bancar um aluguel menor. A partir de agora economizam luz, água, reduzem as compras no mini mercado e adquirem os produtos mais baratos. Muitos procuram trabalho temporário, enquanto distribuem currículos e esperam uma vaga para retomar a normalidade da vida.
Merecidos elogios aos poucos e zelosos funcionários da Casa do Trabalhador que sobre carregados de serviço, atendem a todos sem discriminação, com respeito, educação, paciência e profissionalismo, incluindo e destacando a importante tarefa desempenhada pelos seguranças.
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