"A vaidade abre a porta para infindáveis desejos pecaminosos, pois, ela não se contenta em ficar só, mas arrasta consigo outros bandidos piores. Logo atrás vem a inveja, este maldito pecado que amparado pela vaidade, faz seu possuidor sentir-se mal sempre que observa alguém melhor do que ele. Então pela definição da palavra, o invejoso não se vê mais, só espreita a vida alheia, perdendo com isso, o direito de viver a própria vida"
por José Mazzarollo
Mais do que um conceito especifico, a vaidade é um instrumento satânico que impregnado nas células da carne, eleva o coração do homem a uma realidade de aparência e ficção. A vaidade estimula toda a obra para um fim exterior, é a viagem mais desastrosa da alma humana. “Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento” (Ec 1.14). O livro do Eclesiastes identifica abertamente a presença da vaidade em todos os homens. Em todos os movimentos humanos está o tempero da vaidade. Manter-se na sobriedade da humildade é para poucos. Não há como negar este terrível e contagiante vírus. Se atentarmos bem para as nossas obras, reconheceremos humildemente a verdade das palavras bíblicas. Basta imaginar-se a sós numa ilha deserta, para ver se manteríamos o mesmo vestir, andar e edificar de quando somos observados por uma multidão de pessoas. Salomão foi o rei mais sábio e pomposo de todos os tempos, e isto parece ter-lhe deixado selada a marca da vaidade. Dentro da sua magnífica e útil sabedoria estava também uma grande medida de vaidade.
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| José Mazzarollo |
A vaidade é o primeiro instrumento utilizado por Satanás para contaminar o coração do homem, para depois levá-lo a patamares mais altos com o fim de facilitar-lhe a queda. A vaidade abre a porta para infindáveis desejos pecaminosos, pois, ela não se contenta em ficar só, mas arrasta consigo outros bandidos piores. Logo atrás vem a inveja, este maldito pecado que amparado pela vaidade, faz seu possuidor sentir-se mal sempre que observa alguém melhor do que ele. Então pela definição da palavra, o invejoso não se vê mais, só espreita a vida alheia, perdendo com isso, o direito de viver a própria vida. E para frustração destes pecadores, haverá sempre alguém mais belo, mais inteligente e admirado do que eu. Da sola dos pés a ponta do cabelo, o vaidoso precisa ser visto e aplaudido por todos. Hoje, mais do que nunca, a vaidade tem campo aberto e ganha incentivos nos mais nobres círculos da sociedade. As crianças de colo são exaltadas e aplaudidas até na desobediência. Aquelas que respondem com palavrões são tidas como inteligentes, e logo aprendem a negociar tudo. Quando ficam por instantes quietas, exigem remuneração e presentes dos pais, com isso a semente da vaidade brota com vigor nestes corações.
A vaidade movimenta o mundo com tal intensidade, que se pudéssemos retirá-la do planeta, de imediato seríamos todos amplamente beneficiados. O consumismo iria direto para a sepultura, e com ele as indústrias de calçados, automóveis, celulares, vestuário, sofreriam vertiginosa queda nas vendas, com isso a terra, ganharia um merecido descanso. Estaríamos livres do contaminado lixo poluente das águas e do ar. E acima de tudo com os corações libertos da vaidade, cessariam as disputas e sonhada fraternidade ganharia espaço.Que Deus nos abençoe com o orvalho do céu.
Contato: Mazzarollo@coimpressa.com.br
José Mazzarollo está todos oa dias na rádio Metrópolie AM 1570, às 8h e 18h.
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