sábado, 30 de outubro de 2010

Esgoto sanitário é foco dos investimentos do Governo do Estado

Marco Alba
Recursos de mais de R$1,2 bilhão vão mudar o perfil do saneamento básico no Rio Grande do Sul

A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), criada em dezembro de 1965, tinha como principal objetivo reverter o quadro caótico do abastecimento de água em nosso Estado. Naquele tempo, dos 232 municípios então existentes, apenas 112 possuíam algum tipo de sistema público de abastecimento, e maioria deles com atendimento parcial e irregular.

  Em visita a Esteio o então secretário estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, doutor Marco Alba disse que nessa época, investimentos em esgoto sanitário não eram prioridade. Com recursos de grande porte em abastecimento de água ao longo de 43 anos de existência, a Corsan pode universalizar este serviço com atendimento em quantidade e qualidade, cujo padrão é reconhecido em todo o País.

   Entretanto, no que se refere ao esgotamento sanitário, o caminho ainda é longo, mas a partir de 2007 o governo do Estado tomou uma decisão inédita. Pela primeira vez os investimentos em água e esgotos passaram a ser equilibrados, quebrando o paradigma histórico de 90% para água e tão somente 10% para esgotos.

   Marco Alba destacou que essa decisão do governo do Estado está baseada na crescente necessidade das comunidades em contar com serviços de esgotamento sanitário: “ A degradação ambiental e as influências no padrão de qualidade de vida foram fatores determinantes para os pesados investimentos em esgotamento sanitário a serem realizados pelo governo.  As obras demonstram a determinação em elevar o percentual de cobertura no Estado dos 13% encontrados no início de 2007, para 30% até o final de 2010”, afirma o secretário.

  Para atingir esse objetivo, os investimentos em esgotos serão na ordem de R$ 600 milhões, contando com recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), através do Orçamento Geral da União e de financiamentos, e com recursos próprios da Corsan.



O valor da tarifa de esgoto que será cobrada pela Corsan, depois de concluída a obra e ligação à rede coletora em Esteio e Sapucaia do Sul corresponderão a 70% do consumo de água, aumentando em média 47% no valor da conta do usuário.

   Segundo o secretário estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, na época, Dr. Marco Alba (foto), recursos de mais de R$1,2 bilhão vão mudar o perfil do saneamento básico no Rio Grande do Sul.  A degradação ambiental e as influências no padrão de qualidade de vida foram fatores determinantes para os pesados investimentos em esgotos que serão na ordem de R$ 600 milhões, contando com recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), através do Orçamento Geral da União e de financiamentos, e com recursos próprios da Corsan.

   Esteio e Sapucaia do Sul recebem R$ 118 milhões com o objetivo de recuperar as bacias dos rios do Sinos e Gravataí. O Governo do Estado garantiu recursos do PAC para realizar investimentos de mais de R$ 298 milhões em esgotamento sanitário e os dois municípios estão entre os principais beneficiários.

  Para o sistema integrado de esgoto de Esteio e Sapucaia do Sul estão sendo investidos R$ 118 milhões, através da implantação de redes coletoras de esgoto e de uma estação de tratamento. Esta mudança de paradigma na Corsan, com investimentos maciços em esgoto, reflete a preocupação do governo do Estado com a proteção do ambiente e com a qualidade de vida da população. Porém, além de garantir a realização de obras, como a construção de estações de tratamento de esgoto e instalação de redes coletoras, é necessária a participação da comunidade.

   Na edição de agosto de 2009 da Revista do Duarte, uma publicação da Revista Popular  que circula na região metropolitana, o secretário Marco Alba disse que os investimentos vão possibilitar a expansão do número de domicílios ligados à rede de esgoto, dos atuais 5% para 58% das residências. Isso vai garantir a melhoria nos índices de saúde pública e, principalmente, vai colaborar para a recuperação do Rio dos Sinos e dos demais ecossistemas naturais.
   Previsão: Até o final de 2010 as obras estarão concluídas.

Qual o valor da tarifa que a Corsan vai cobrar pelo serviço de esgoto em Esteio e Sapucaia?


Segundo o então secretário: “A tarifa de esgoto corresponde a 70% do consumo de água, aumentando em média 47% no valor da conta do usuário. A ligação é obrigatória, segundo a legislação Federal 11.445, de 2007, e cabe às prefeituras municipais a fiscalização sobre o cumprimento da Lei. Mas acima de tudo, esta é uma questão que envolve a consciência da população sobre importância deste serviço para o ambiente. É fundamental que todos assumam este compromisso, pois de nada adianta realizar investimentos tão vultuosos se os moradores não colaborarem com a ligação ao sistema”, concluiu.


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