"A bajulação é o adubo do pecado, e a disciplina é o fertilizante da virtude. As minorias, discriminadas em outras épocas, hoje ganham todo o apoio social, nada de disciplina, a liberdade virou sinônimo de libertinagem. Todos estamos sujeitos a pecar. O grande problema é manter o pecado porque dá prazer, ou aprovar as exceções pecadoras, concedendo-lhe o status de virtude"
José Mazzarollo
José Mazzarollo autor do livro
“Receitas Espirituais
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Quando a lenha chega ao fim, o fogo se apaga. Quando a saúde vai embora, chega a doença. Quando a virtude desaparece, entra o defeito. Na ausência da vida, entra a morte. Junto a esta lógica incontestável da natureza, estão todas as obras da criação. O fim do homem carne, é decretado individualmente desde que ele nasce. Um a um, todos somos chamados a deixar esta vida. Há duas exceções que marcaram fins coletivos. O primeiro fim coletivo aconteceu há cerca de dois mil e quinhentos anos antes de Cristo, com o dilúvio. Alguns séculos mais tarde, as cidades de Sodoma e Gomorra foram riscadas do mapa, soterradas por uma saraivada de enxofre e fogo. Os motivos? Os mesmos que levarão a humanidade inteira ao fim: o mundo daqueles dias, estava mergulhado nos desejos carnais. Os valores morais, a disciplina, a fé, nada mais importava àqueles homens. O pecado ganhara a aprovação social. Ai daquele que se levantasse para reprovar a devassidão. Na realidade, os homens cometeram pecados em todas as épocas. Porém, a destruição chega quando os pecados passam por virtudes e, as leis lhe tributam proteção. Quando isso acontece, elimina-se a chance da sobrevivência do bem No mundo de hoje, o pecado está amparado pela legislação política, e consentido pelas doutrinas religiosas.
Vivemos num tempo de clara simpatia mundial pelos “sem”: não pelos sem dinheiro ou sem saúde, nem pelos pobres e fracos. Mas pelos sem: sem vontade, sem teto, sem moral, sem sexualidade definida, sem roupa. Estes e tantos outros compõe a classe dos sem, recebem tanto apoio público, que tornam-se intocáveis e blindados a qualquer comentário que venha contrariar o comportamento destes movimentos. A bajulação tomou conta do planeta. Ai daqueles que ousarem proferir palavras de reprovação a estes grupos. Basta pertencer a minoria dos “sem”, que tudo lhe está assegurado. As passeatas gay, reúnem multidões, ocupando espaço nas principais redes de TV e jornais. Os sem terra, interrompem ruas, ocupam prédios, destroem plantações, afrontam as autoridades sem risco algum de punição. A falsa piedade e o desejo de ser bonzinhos tem feito o mal recrudescer. Para estes o não tornou-se proibido, perdendo-se qualquer esperança de correção. Os pecados não se limitam a movimentos sociais organizados, mas no governo a corrupção vai do mais alto escalão ao simples serviçal; na casa, o marido é adúltero e a esposa infiel; na igreja, os padres são alvo de sérias acusações, os pastores fraudolentos e mercenários. Os homens do nosso tempo estão tomados pela inveja, ciúme, vaidade e ganância. A infidelidade polui o planeta.
Deus é misericordioso, sua promessa não tem acepção de pessoas, não importa o tamanho do pecado, o reino dos céus está aberto a todos os que se arrependem. Jesus chegou a afirmar aos fariseus: Os pecadores e meretrizes que se arrependem, vos precederão no reino dos céus. O segredo está no arrependimento e não no pecado. A falsa santidade dos fariseus os condenava, e o arrependimento sincero dos pagãos os justificava. Mas como vão se arrepender aqueles que são exaltados no seu comportamento? Este é o grande mal do nosso século. Se a condição de nascimento ou os caminhos da vida nos levaram a pecar, não significa dizer que precisam morrer no pecado. No arrependimento, a nova vida começa.
A bajulação é o adubo do pecado, e a disciplina é o fertilizante da virtude. As minorias, discriminadas em outras épocas, hoje ganham todo o apoio social, nada de disciplina, a liberdade virou sinônimo de libertinagem. Todos estamos sujeitos a pecar. O grande problema é manter o pecado porque dá prazer, ou aprovar as exceções pecadoras, concedendo-lhe o status de virtude. O trabalho dos santos, não é o de condenar os pecadores, mas reprovar o pecado. O trabalho dos ricos, não é de oprimir os pobres, mas guardar o propósito de generosidade, proporcionando a eles a condição digna de vida. Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores. Reconhecer o pecado é o caminho mais curto para alcançar a santidade.
Contato: mazzarollo@coimpressa.com.br
José Mazzarollo está todos os dias na rádio Metrópole AM 1570, às 8h e 18h
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