Secretaria de Desenvolvimento Urbano disse que as obras devem reiniciar ainda em abril
A partir de agora, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, deverá mandar mensalmente ou bimestralmente à Câmara de Vereadores, uma prestação de contas do andamento da obra de renaturalização do Arroio Sapucaia, mais conhecida como Obra da Avenida Beira Arroio. A ideia, conforme o presidente da Comissão, vereador Marcelo Kohlrausch(PDT), é fazer o acompanhamento efetivo da obra, que se iniciou em 2009; é executada pela empresa Bolognesi Engenharia, e que está paralisada há, pelo menos, dois anos. "Esta obra tão necessária para auxiliar no combate as enchentes já se arrasta por mais de cinco anos e merece todos os esforços para que seja, realmente, concluída e entregue no prazo mais breve possível para a população de Esteio", destacou.
Na oportunidade, com a presença dos vereadores Harri Zanoni(PSB), Leonardo Dahmer (PT), Leonardo Pascoal(PP), Jaime da Rosa(PSB), Michele Pereira (PT) e Rafael Figliero (PTB), além do gabinete da vereadora Beatriz Lopes(PT), a secretária destacou que, na época, estudos do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) apontavam a necessidade do empreendimento, localizada na divisa entre Esteio e Canoas, para evitar enchentes e desafogar a avenida Presidente Vargas.
Segundo Joceane, um dos maiores entraves, além da morosidade para avaliação dos projetos pela Caixa Econômica Federal, é a alegação de prejuízo da empresa executora em mais de R$ 650 mil, valor no qual o Executivo não está concordando. "Este foi o grande entrave da obra. A empresa está parada esperando receber o recurso. Pagaremos somente o que foi executado. Estamos aguardando a Bolognesi reiniciar a obra, mas com toda a equipe. Se for preciso, podemos até romper o contrato", frisou.
Questionada pelos vereadores, a secretária salientou que o investimento até agora foi de R$ 11,7 milhões, tendo ainda um saldo contratual da Caixa Econômica Federal de R$ 6,5 milhões, além de aditivos financeiros de R$ 1,8 milhões e R$ 1,2 milhões. O objetivo, conforme Joceane Gasparetto, depois de aprovado pelo Legislativo o aditivo R$ 1,2 milhões oriundo de recurso livre, é dar início às obras ainda em abril. Segundo ela, todos os projetos estão aprovados e com a licença ambiental.
O vereador Leonardo Pascoal salientou a importância de buscar junto à Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, a realização de audiência pública sobre a construção de bacias de contenção em Esteio e Canoas. O vereador também a falta de concretização de promessas feitas pelo Executivo. "Daremos um voto de confiança para que esta obra seja entregue à comunidade", disse.
Jaime da Rosa aproveitou para destacar sobre o tempo da obra e os números de aditivos financeiros que a obra vem recebendo, especialmente pela precariedade da empresa contratada. "A obra deveria estar pronta em 2011, conforme anunciado", destacou.
Já o vereador Harri Zanoni alertou sobre a largura da ponte - que no projeto original seria estaiada. Para ele, o espaço é muito estreito para a passagem de veículos largos e pesados. Sobre o assunto, a secretária respondeu que foram feitas as medições por técnicos. Ainda afirmou que foram suprimidos da ponte R$ 1,3 milhões, e mais de R$ 600 mil tiveram que ser readequados para a fundação das casas. "A área onde foram construídas precisou de reforço porque o local era instável", relatou. Também a vereadora Michele Pereira disse que a prestação de contas da obra será fundamental para que os vereadores possam responder ao grande número de questionamentos nas redes sociais e afirmou a importância do Plano de Drenagem Urbana, que já está sendo licitado.
Durante a reunião, os vereadores trataram sobre a obra de Instalação de uma galeria de esgoto pluvial entre as duas mãos da Rua Bento Gonçalves entre a Rua Ezequiel Nunes Filho e o Arroio Esteio; da galeria de rua Dona Isabel, além da regularização e infraestrutura das vilas Bom Jesus, Gutierres e Liberdade. Segundo a secretária, a instalação das galerias da Bento está no contrato com a Bolognesi, mas precisa de um estudo mais aprofundado. "Já o restante das obras estão em andamento", disse. (Terezinha Bobsin)
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