Esteio deixou de ser vila e distrito de São Leopoldo no dia 28 de fevereiro de 1955, para ser município, dotado de autonomia política e administrativa.
Os esteienses por muitos anos sentiram orgulho, alegria e a emoção pela condição de cidade independente. Naquela época eram realizadas festas, a população enfeitava as casa, as ruas e nas escolas as crianças e os professores alegremente relembravam em hora cívica a emancipação.
Atualmente, no entanto, muitos estão perdendo o entusiasmo, a alegria, a emoção e o orgulho em festejar a data magna do município. A situação em que a população se encontra não existe motivo para isso.
Basta andar pelas ruas da cidade para ver o péssimo estado da pavimentação asfáltica, que esgotou o tempo de utilidade e que hoje, cheia de buracos, exige um completo recapeamento, e não apenas remendos que nada resolvem e só servem para causar desperdício do dinheiro público, embora partidos eleitos tenham feito promessas nesse sentido, quando buscaram voto e apoio para se elegerem.
Na área da saúde infelizmente a situação é ainda mais grave. O atendimento nos postos de saúde é precário. Medicamentos aos pobres estão cada vez mais raros. Para se conseguir uma consulta médica especializada há que se esperar, meses, ás vezes até anos, como se a doença pudesse aguardar. E a dívida do Município não para de aumentar.
A limpeza pública, o recolhimento de entulhos e a coleta de lixo domiciliar deixaram de ter a qualidade do passado. Hoje, vemos lixo espalhado por toda a cidade, principalmente em áreas públicas e terrenos baldios. Não há política eficiente, e nem o mínimo de boa-vontade, para resolver o problema.
Falta manutenção nas escolas. Muitas obras iniciadas e não concluídas. Esteio a cidade que quer ser mais humana, não tem Asilo Municipal, Casa de Passagem, Albergue e muito menos um Refeitório Popular. As praças públicas estão abandonadas e o Município está sendo invadido por ratos, baratas e, principalmente, por mosquitos, que ameaçam a saúde pública e infernizam o bem-estar da população.
Embora sejamos um dos municípios com menores gastos em iluminação pública, pagamos as taxas e encontramos ruas com deficiência de iluminação, gerando riscos à segurança dos esteienses. A situação do Hospital São Camilo não é das melhores. Sem investimentos a situação poderá se agravar e os serviços se tornarem de pior qualidade.
Enquanto as indústrias, o comércio, os estabelecimentos de serviços, os bancos, os cartórios, o Fórum, a Delegacia de Polícia, a Brigada Militar, a Corsan, outras repartições públicas estaduais e federais funcionam no horário comercial, a Prefeitura de Esteio encontra-se fechada, sem expediente externo, na parte da manhã.
Ao invés da Prefeitura colocar-se à disposição da população são os esteienses que devem, com paciência, aguardar pelo atendimento a que têm direito.
O município abusa da confiança do povo e cobra dos contribuintes altos impostos e taxas, oferecendo serviços que deixam muito a desejar.
Considerando que além dos grandes problemas que há muitos anos continuam os mesmos, muita coisa piorou. Relembro o que dizia o Dr. Getúlio Figueiredo: “Com tudo isso, no aniversário do Município de Esteio, há o que comemorar?”
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