A supervalorização do ter, levou a morte “o ser”. Todos os bens materiais, sejam ouro, propriedades, sofisticados iates, indústrias, caracterizam somente o que a pessoa tem, mas nada dizem respeito ao que a pessoa é.
José Mazzarollo |
Outra teoria moderna recomenda-nos praticar ações de sustentabilidade, mas como alcançar o respeito ao planeta, se não limpamos o ambiente mais íntimo do corpo humano, que é o coração? Ninguém de coração limpo, suja a morada concedida por Deus. Se não buscarmos o resgate dos valores internos, jamais chegaremos a qualquer meta de sustentabilidade. Em todos os ambientes o dinheiro e o sucesso são pregados como forma de atrair consumidores. Parece que a felicidade mudou de endereço, bem como, sua forma de conquistá-la. Segundo os novos conceitos, a felicidade depende de uma carreira promissora, onde o nome precisa ser mencionado e conhecido pela celeridade mundial. Por isso vende-se a ideia de felicidade ligada a exposição de dotes físicos, recursos bancários, talento artístico, ou no mundo dos esportes.
Os valores e princípios morais não aproximam mais admiradores. Quem expede autógrafos já não são mais os sábios, mas semi analfabetos que sabem chutar muito bem, mas não sabem pensar. Infelizmente a felicidade é negociada como se fosse um bem terreno, que recompensa somente os famosos. Neste conceito avesso, muitos tem privado seu coração de viver alegremente dentro da vocação e simplicidade de vida, amargando longas sessões de terapia tentando amenizar a dor de uma alma vazia que verte lágrimas pelo abandono recebido.
A felicidade é uma virtude, um dom celestial, somente por Deus nos é concedida se praticarmos a verdade. Temos consciência de que as virtudes tem um preço, e poucos estão dispostos a pagar o preço estipulado, contudo, o desastre deste século está na inversão de valores. São filhos que dão ordens aos pais, subalternos que se assentam no trono do rei, governados que desafiam governantes, viciados que se sujeitam aos seus vícios, é o homem carne determinado o comportamento ao homem espírito. Na construção do “ser”, elegemos para nós o governo mais justo e democrático que esperamos, que é o governo dos nosso próprios atos. Que Deus nos abençoe com o orvalho do céu.
Contato: mazzarollo@coimpressa.com.br
José Mazzarollo está todos os dias na rádio Metrópole AM 1570, às 8h e 18h; e aos sábados das 17h30min às 18h30min;E na TV Urbana, assista ao Programa Momento Espiritual, todas as Segundas das 20h30min às 21h na TV Urbana (UHF 55 e NET 11);Leia também o livro “Receitas Espirituais”, disponível em todas as livrarias.
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