quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Esteio: a cidade que quer ser mais humana.








Os moradores de rua, digo dos viadutos de Esteio, mendigos, andarilhos, o nome não importa, porque existem às dezenas em nossa pequena cidade, agora recebem “apoio” ou “incentivo” do executivo municipal para sair do local onde “vivem”.

Na sua maioria os mendigos ou moradores de rua vivem sujos, maltrapilhos, fazem dos viadutos o seu “lar doce lar” e podem ser vistos perambulando pela cidade. Dizem que: “moram na rua porque não tem outro lugar para morar”. Conhecemos vários, que encontramos diariamente e cada um tem o seu estilo de “viver”, sua estória e seus problemas que na maioria das vezes, o poder público e a comunidade conhecem, mas ignoram.

Durante o dia os andarilhos deixam seus pertences em baixo dos viadutos, passarelas ou praças públicas enquanto caminham buscando alimento, lixo para reciclar ou dinheiro das esmolas. Os fumantes juntam as “bitucas” ou “baganas” de cigarro para fumar. Ao contrário do que muitos pensam, alguns não bebem, não usam drogas e não são doentes mentais. Á noite, normalmente eles retornam para dormir. Ás vezes, eles tomam banho, cortam os cabelos e vestem roupas limpas, mas só quando encontram pessoas caridosas.

Esteio não tem asilo, casa de passagem ou abrigo municipal para acolher os necessitados e o poder público da cidade que pretende ser uma “cidade mais humana”, “soluciona” o problema levantando paredes de alvenaria ou botando enormes pedras irregulares em baixo do viaduto para impedir a presença de pessoas indesejáveis. Além de ser uma vergonha para todos, não resolve o problema porque obriga o pessoal carente procurar abrigo em algum outro lugar... no mesmo viaduto, como mostra as fotos.

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