“As deficiências físicas, não impedem o bom desempenho e felicidade do espírito”
José Mazzarollo
A reencarnação é uma teoria de cunho espiritual. Para podermos dar crédito às teorias espirituais, é necessário que estejam imbuídas de lógica e coerência. Toda a obra que os nossos olhos observam, deve ser medida pela ação natural de toda a criação, pois, tudo na natureza guarda um comportamento lógico. O percurso diário do sol, da lua, das estações do ano, a juventude e a velhice, a dor e a alegria, são fatos vistos com os olhos, porém, contém em si uma linguagem a ser decifrada pelo espírito. Isso nos leva a convicção de que os invisíveis fenômenos espirituais estão dentro do mesmo princípio. Aquele que criou o visível, também é o autor do invisível. Ao tratar de coisas espirituais os homens criaram as mais lendárias teses, entre elas, a teoria da reencarnação. Bela por fora, incompleta por dentro. No intuito de conceder todas as oportunidades de salvação aos maus habitantes do planeta, os reencarnacionistas afirmam que Deus concede novo corpo aos maus espíritos, para que, os mesmos se aperfeiçoem numa próxima vinda à terra.
José Mazzarollo |
Traçando uma pequena parábola para melhor entender, vamos utilizar o exemplo de um Senhor que disponibiliza uma ferramenta adequada e perfeita, à um grupo de trabalhadores, e estes tem tempo determinado para realizar a obra. Durante à jornada, todas as condições
lhes são fornecidas para o bom desempenho da função, no findar do dia, o seu senhor passa em revista o trabalho e percebe que a obra de uns é satisfatória, e a de outros perversa. Os perversos, além de não trabalharem, perturbaram os servos fiéis e utilizaram seu tempo, e a sua ferramenta para servirem o inimigo. O Senhor em questão, é Deus que nos concede a ferramenta que é o corpo, o trabalhador é o espírito que maneja a ferramenta. O que esse Senhor fará com os trabalhadores maus? Temos que admitir, que a culpa não é da ferramenta e sim do operador, adiantaria gastar com uma nova ferramenta para um trabalhador que já demonstrou não querer trabalhar, pois, recebeu exatamente as mesmas condições dos demais.
Durante os dias da vida terrena o operador precisa demonstrar ao seu senhor, que deseja se aperfeiçoar no manejo da sua ferramenta, se não for perfeito, ao menos um esforçado operário é o bastante. A reencarnação não faz sentido, pois, traça um caminho inverso da lógica universal. Na teoria da reencarnação o espírito que desencarna de um cidadão perverso no dia da sua morte, é reenviado de volta a terra para aperfeiçoar-se, e para isso necessita tomar um novo corpo. Notemos a incoerência deste fato. Quem da as ordens ao corpo é o espírito, e não a carne. Por isso, não adianta trocar a carne, e sim o espírito. Se o espírito for bom, o corpo desse cidadão passa a movimentar-se em gestos e ações dignas e sensatas. Se o espírito for mau, os braços, membros e sentidos daquele homem terão atitudes perversas. Imaginem alguém iniciar uma vida nova, corpo novo e um espírito perverso, o que podemos esperar deste novo ser?
Se com a mesma ferramenta uns conseguem chegar a santidade, por que outros enveredam para o pecado? Portanto, não podemos invalidar a grande virtude do arrependimento, que é o reconhecimento íntimo, de quem deseja mudar de vida, com plena consciência dos pecados que cometidos e nunca mais desejar praticá-los. Alguns tentam justificar a reencarnação pelas deficiências físicas que estão sujeitos ao nascer ou por acidentes. As deficiências físicas, não impedem o bom desempenho e felicidade do espírito, muito menos o cumprimento da missão. Só com a evolução da medicina, os deficientes físicos diminuíram drasticamente, no entanto se multiplicaram os deficientes de caráter.
Todos os movimentos nos remetem para frente, não é próprio da criação andar para trás, muito menos o retorno ao ventre materno de qualquer ser vivo, nem no reino vegetal as árvores tornarem a ser sementes. Em cada nascimento, um novo mundo diferente nos é proposto. Ao sair do pequeno mundo do ventre materno, iniciamos a caminhada sobre o mundo terra; após a morte, nascemos para ocupar um lugar no mundo espiritual. Tomemos consciência de que é preciso preparar um futuro de glória nesta vida, e Deus nos abençoará com o orvalho do céu.
Contato: mazzarollo@coimpressa.com.br
José Mazzarollo está todos os dias na rádio Metrópole
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