sábado, 3 de maio de 2014

O DESEJO DE SUBIR

Agora o importante é entendermos que o convite de Jesus se repete a todos os que desejam subir.

José Mazzarollo

A subida sempre  exige mais energia, por isso é indispensável deixar para trás o peso das tradições, vícios e paixões desse século para vencer a gravidade com desenvoltura.  


         A Bíblia nos relata que um homem chamado Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas desfavorecido pela sua baixa estatura, precisou subir num sicômoro. Informou-se previamente sobre o caminho pelo qual haveria de passar  o Mestre. Pela geografia do local, a melhor forma que achou para observar o semblante do Senhor sem perder detalhes, foi subir num arbusto a beira do caminho.  “Quando Jesus chegou aquele lugar, olhou para cima e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa” (Lc 19). Aos desconhecedores da causa espiritual, o gesto de subir numa árvore, parece fácil e corriqueiro, especialmente se comparado a situações semelhantes de hoje, quando artistas ou atletas famosos desfilam pelas ruas em carro aberto, normalmente acontecem grandes aglomerações sobre telhados, janelas e calçadas, além de um grande cortejo de seguidores. Nas questões humanas o aplauso é geral e sem oposição, no entanto, quando a causa é espiritual e verdadeira, toda a injúria e desprezo se faz presente pelos opositores da fé. Não foi diferente com Zaqueu, precisou vencer a oposição e os olhares caluniosos dos fariseus.

     A ação de alçar-se sobre os galhos de uma árvore, para nós hoje parece representar apenas um simples ato de curiosidade de alguém que toma uma posição melhor para contemplar a passagem de alguém que admira.  Não foi assim, Zaqueu guardava no coração um ardente desejo de seguir os ensinamentos de Cristo. A sensibilidade espiritual de Jesus o fez olhar para cima, propondo a Zaqueu a rápida descida e num afetuoso convite para cear em sua casa.

      Um homem como Zaqueu, posicionar-se sobre os galhos de uma árvore, lhe custaram sacrifício físico, além do gesto de humildade para um senhor de idade, pai de família, homem rico e de posição destacada, despojando-se de tudo para tornar-se puro e ingênuo como uma criança que brinca nos altos de um arbusto.

       Zaqueu não imaginava ser observado por Jesus, tampouco ser convidado a descer para cearem juntos, mas a atitude corajosa de subir lhe mereceu o convite. Agora o importante é entendermos que o convite de Jesus se repete a todos os que desejam subir. A subida sempre  exige mais energia, por isso é indispensável deixar para trás o peso das tradições, vícios e paixões desse século para vencer a gravidade com desenvoltura.  

    Não podemos ter vergonha de demonstrar admiração pela doutrina de Cristo e testemunhar a fé. Os que se misturam na multidão deste século, não serão vistos por Cristo quando ele passar. Zaqueu tinha dinheiro e saúde, não estava em busca de negócios ou vantagens que a igreja poderia lhe conceder, mas exclusivamente contemplar a face de Cristo e sua doutrina. Infelizmente,  multidões se aglomeram em longas filas para observar os artistas deste século. Ninguém mais se posiciona para ver Jesus, por isso Ele também não participa das ceias familiares e por conseqüência, as famílias estão destruídas e os lares desfeitos. O convite continua, se Cristo nos chamar a atenção quando passar, receberemos o seu convite e suas bênçãos.  


Contato: mazzarollo@coimpressa.com.br

José Mazzarollo está todos os dias na rádio Metrópole AM 1570, às 8h e 18h; e aos sábados das 17h30min às 18h30min; E na TV Urbana, assista ao Programa Momento Espiritual, todas as Segundas das 20h30min às 21h na TV Urbana (UHF 55 e NET 11);

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