quinta-feira, 27 de abril de 2017

Esteio deve ter estudo para correção da divisa com Sapucaia do Sul


 Vereador Euclides Castro e o prefeito de Esteio Leonardo Pascoal

A maioria dos alunos, pertencentes à divisa, estudam em Esteio, assim como os atendimentos nas unidades de saúde. O pedido para avaliação da divisa foi entregue ao prefeito de Esteio Leonardo Pascoal

   Morar na divisa de duas cidades nem sempre pode ser uma dificuldade. Mas no caso dos que residem na divisa entre Esteio e Sapucaia do Sul, especificamente na ERS-118, por exemplo, o atendimento em educação e saúde acaba se tornando, no mínimo, complexo. Conforme os dados da Prefeitura, 40% dos alunos das escolas municipais de Esteio, João XXIII (Vila Três Portos) e Camilo Alves (Parque Amador), são moradores de Sapucaia do Sul.  Também a escola Clodovino Soares, no bairro Tamandaré, divisa com a cidade vizinha, 49% dos alunos são sapucaienses. E a adversidade não para por aí. A dificuldade de travessia destes estudantes para Sapucaia, na ERS -118, também tem sido problemática, com inúmeros acidentes, assim como o atendimento do Conselho Tutelar, que não pode gerenciar necessidades desta parte da comunidade.  E quem perde com isso são os alunos. Já na área de saúde, os moradores sapucaienses acabam procurando, em função da proximidade,  as Unidades Básicas de Saúde de Esteio e o Hospital São Camilo.

   Para solucionar a situação, o vereador Euclides Castro (PP) solicitou ao Executivo Municipal um estudo técnico de viabilidade da correção da divisão municipal entre Sapucaia do Sul e Esteio, cujo limite oficial ocorre na avenida Luiz Pasteur. Na proposição, aprovada na sessão da última terça-feira (21) pelo Plenário, Euclides argumenta que uma grande parcela da população residente nas fronteiras entre as duas cidades utiliza os serviços públicos e o comércio esteiense. Para o vereador, este estudo deve ser dialogado com a comunidade envolvida no local. “São pessoas que se identificam muito mais com Esteio”, justifica. Euclides ainda afirma que será um processo lento, mas necessário.

    Conforme ele, esse adensamento populacional na área ocorreu após a construção da RS-118 na década de 70. O parlamentar aponta  situações em que necessite do apoio do Conselho Tutelar. “O Conselho de Esteio não atende essas crianças porque são moradoras de Sapucaia, e o Conselho de Sapucaia não atende porque as escolas situam-se em Esteio”, pontua. O vereador evidencia, ainda que 234 famílias recebem benefício social e moram nessas proximidades, conforme dados da Secretaria de Cidadania e Desenvolvimento Social de Esteio. O vereador Euclides realizou a entrega do pedido de estudo nesta tarde (23), em mãos, para o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal (PP). (Terezinha Bobsin)




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