A construção do corpo espiritual.

É difícil para os homens comuns diferenciarem o seu corpo físico do seu corpo espiritual. No entanto a construção de ambos segue o mesmo princípio.

José Mazzarollo

    Podemos trabalhar com exemplos práticos para melhor entendimento. Não importa o credo que professamos, ou mesmo sem credo algum, temos por dever de consciência admitir as manifestações espirituais em nós. Os sentimentos de alegria, emoção, tristeza, raiva, inveja, e tantos outros, fazem parte exclusivamente do corpo espiritual.  De acordo com a consciência de cada um, experimentamos momentos de conforto e paz espiritual após praticar a virtude. Também apodera-se da alma a sensação de remorso e abatimento após cometer algum delito. Em ambos os casos, as reações independem do esforço físico, podendo haver ausência total de trabalho físico.  Só por esse fato, podemos perceber um contentamento interior que independe de qualquer envolvimento do prazer carnal.  Falando a respeito dos ídolos   a Bíblia conclui dizendo: “Como eles se tornam os que os fazem, e todos os que neles confiam” (Sl 135.18).

     Tomando o ensino bíblico como modelo, notamos com os olhos a linguagem traçada por Deus no campo físico, e que nos leva a entender as questões invisíveis do espírito.  A questão dos ídolos é bem apropriada. Os idólatras tem nos artistas, atletas e cantores seus deuses prediletos e, para demonstrar sua reverência, copiam do ídolo todo o procedimento, desde os detalhes do cabelo, até o jeito de se vestir. A imitação é suficiente para receberem espírito dos criadores do ídolo. O idólatra torna-se semelhante ao seu ídolo, porque alimenta-se do espírito  que emana do mesmo. Aqueles que dormem com gatos e cães, não podem esperar que os animais se humanizem, mas podem ter certeza que os humanos vão aos poucos  se animalizando.

       Cada bocado de alimento que ingerimos, vai compor ao nosso corpo semelhante característica do alimento, quem se alimenta de moranga, fica com a pigmentação amarelada.. Os alimentos espirituais só tem dois fornecedores; ou Deus, ou o diabo. Ou descem do céu, ou sobem do inferno. Em cada ato que praticamos alimentamos o corpo espiritual.

      Para entrar na vida eterna precisamos formar este corpo com células espirituais. Alguns também chamam de alma, mas  na realidade, a alma é a vida do espírito. Um espírito sem alma, é um espírito sem vida. Deus da do seu Espírito aqueles que seguem seus mandamentos. O diabo também alimenta com seu espírito aqueles que andam no pecado. Por isso no final da vida, largamos a ferramenta no museu da sepultura, e partimos para a eternidade, como deuses, se tivermos agido bem, ou como diabos se prevaleceu em nós o pecado.

      O corpo fisco, nada mais é do que uma ferramenta emprestada para o período terreno. Concluída a missão terrena, a ferramenta desfaz-se junto ao pó, de onde tem origem. Por isso, nós humanos nos diferenciamos uns dos outros pelo espírito que construímos com nosso procedimento. Mãos santas, curam, afagam, auxiliam. Mãos pecadoras, agridem e espancam. Lábios santos; ensinam, corrigem, perdoam... lábios pecadores; magoam, oprimem, injuriam... Mesmo sobre um corpo físico, nós somos seres espirituais, porque agimos segundo o espírito que decidimos receber. Temos razões suficientes para pensar na nossa espiritualidade. Cada virtude praticada, espiritualmente é semelhante a um delicioso prato de vitaminas para fortalecimento do corpo. Que Deus nos abençoe com o orvalho do céu.

Contato: mazzarollo@coimpressa.com.br

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