Com o recurso, alguns setores voltam a atender plenamente |
Respiradores, monitores cardíacos e incubadoras serão alguns dos equipamentos que devem ser alugados pela Fundação de Saúde Pública Hospital São Camilo, nos próximos dias, com a verba de
R$ 150 mil que a Câmara de Vereadores vai repassar à instituição, resultado da economia do Legislativo.
A decisão foi tomada dia 25, à tarde, pelo presidente Jaime da Rosa (PSB), com apoio de todos os vereadores, em reunião com o novo diretor técnico, o médico Marcelo de Oliveira Saldanha; com integrantes do Conselho de Saúde; secretaria da Saúde; Conselho da Fundação e direção administrativa da fundação, que discutiu a crise financeira e administrativa do hospital. O pedido de redução orçamentária foi encaminhado no dia 26 ao Executivo.
Saldanha, 43 anos, que assumiu no dia 19 a função, depois de cedido pelo Hospital Getúlio Vargas, de Sapucaia do Sul, disse que está fazendo um diagnóstico do hospital e pretende construir uma gestão equilibrada, com a colaboração de todos os funcionários. “Precisamos analisar as fragilidades e potencialidades do hospital; avaliar o efetivo que temos à disposição e identificar as vocações que o São Camilo tem para trabalhar em sintonia com os hospitais da região. O objetivo é minimizar a duplicação de serviços, racionalizando a operação e tornando o hospital mais viável”, ressaltou. Para o gestor, que terá 60 dias para realizar as mudanças na instituição, não há necessidade, por exemplo, de o Getúlio Vargas possuir dez leitos para AVC e o São Camilo também.
O médico anunciou a implantação de um plantão administrativo, a criação de coordenadorias e chefias, além do corte do cargo de gerente médico. "Vamos definir comandos e reequipar o hospital para que ele volte a ser referência na região", defendeu. Outras medidas anunciadas pelo diretor são a prescrição médica eletrônica e a automação da farmácia. Para o novo diretor, outra prioridade da administração será de oferecer todos os recursos para o trabalho adequado dos profissionais, como o reequipamento da UTI e da emergência e destacou que, mesmo com o contrato entre os dois hospitais, a estrutura do São Camilo será independente. "O Objetivo é que as duas cidades possam ser autônomas em atendimento, e que deixem de depender de Porto Alegre", reforçou. Saldanha afirmou, ainda, que o recurso oferecido pelo Legislativo é importante e que vai aguardar , agora, a orçamentação do estado para abrir licitação para aquisição dos equipamentos que serão alugados.
O secretário de Saúde, Jerônimo Paludo, ressaltou que pediu ao governo do estado a antecipação de R$ 3 milhões referente a contratualização pelo SUS para auxiliar o hospital. "O estado vai aportar recursos somente onde tem segurança. Por esta razão, nossos esforços estão voltados ao São Camilo", disse.
O presidente do Conselho de Saúde, Luiz Antônio Oliveira, ressaltou que o conselho não teve conhecimento da assinatura do contrato com o hospital de Sapucaia, mas entende a urgência em salvar o São Camilo. "O hospital ficou enfraquecido administrativamente ao longo dos anos", comentou. Oliveira acredita que a desativação dos serviços de convênios ocorreu muito rápido para a transformação do hospital em 100% SUS e o recurso acabou não chegando. O secretário da Fazenda, Norberto Bierhals, que está atendendo interinamente pela administração do São Camilo, enfatizou que está fazendo esforço para quitar algumas dívidas e pediu paciência aos credores.
Participaram da reunião os vereadores Leonardo Dahmer (PT), Leonardo Pascoal (PP), Michele Pereira (PT), Harri Zanoni (PSB), Beatriz Lopes (PT), Felipe Costella (PMDB), Jane Battistello (PDT), Marcelo Kolhausch (PDT) e Rafael Figliero(PTB). (Fonte: Terezinha Bobsin)
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