O estado de abandono das edificações, a péssima conservação de alguns túmulos, água acumulada em vasos e a grande quantidade de lixo espalhado, justificam o abandono do Cemitério Municipal 2 de Novembro, em Esteio. Mas, a maior preocupação de todas foi encontrar um caixão de defunto descartado no lixo, ao lado do muro, próximo ao portão e as sepulturas.
Hoje, terça-feira, dia 4, quando pedestres transitavam pelo passeio público e visitantes passavam pelo portão, nos fundos do Cemitério de Esteio e ao olhar para o lixo acumulado, se deparavam com uma cena nada agradável. No lixo, encontram-se restos de caixões de defunto, tampas e ferragens de caixões destruídos, além de panos da forração interna, restos de coroas e vasos de flores, entre o lixo. Segundo alguns moradores das imediações, a situação é conseqüência das exumações (separação de restos mortais) feitas no cemitério e o material rejeitado é jogado no lixo comum. Alguns moradores dizem que o maior incômodo é o forte odor oriundo do local quando o material altamente contaminado é descartado.
Segundo um especialista, o caixão e as roupas encontradas no local não poderiam permanecer lá. Todo material deveria ser encaminhado a um lugar específico, normalmente um local para ser incinerado, evitando o mau cheiro que acaba se exalando com mais facilidade e os riscos de contaminação. “O restos de caixões e roupas de exumações deveriam ser levados para um crematório”, concluiu.
As pessoas se queixam também do mau estado de conservação dos passeios públicos, de algumas sepulturas abandonadas que servem como depósito de lixo e que muitos despachos religiosos são colocados, principalmente nos portões do cemitério. Os problemas são antigos e parecem longe de solução. Vários locais do único cemitério municipal da cidade, que abrange uma grande área de terra, servem como depósito de lixo, os muros, as gavetas mortuárias e as calçadas também estão danificadas.
O cemitério municipal de Esteio deve estar com a sua capacidade quase esgotada, pois a direção divulgou no mural documento “de ordem superior” proibindo arrendamentos novos para sepultamento de pessoas falecidas residentes em outras cidades, para diminuir o número de sepultamentos. Depois de muitas reclamações o novo coordenador do cemitério mudou de ideia e tornou o documento sem efeito.
A colocação de vigilantes durante o dia, e um a mais á noite, a recuperação de cercas e dos muros em toda a área do cemitério, poderia ajudar a diminuir os freqüentes casos de furtos de peças decorativas das sepulturas. A limpeza geral do cemitério, corte de grama, recolhimento de caixões abandonados, reforma das capelas, banheiros, construção de uma portaria e a instalação de mais câmaras de vigilância poderiam evitar a presença de vândalos e usuários de entorpecentes, são antigas reivindicações da comunidade esteiense.
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