Morreu no Brasil José Victor Soares um português açoriano apaixonado pelo fenômeno UFO

 ( Em memória )
 O professor Victor Soares (foto) partiu ontem para o Oriente Eterno, 
mas já deixou saudade entre os que ficaram.

Depois de uma luta contra o câncer de próstata, aos 79 anos, faleceu José Victor Soares às 6 horas da manhã de sexta-feira, dia 10/12/2010, no Município de Gravataí, Estado do Rio Grande do Sul. O Ufólogo era muito conhecido na comunidade de Esteio onde realizou gratuitamente várias palestras e exposições públicas sobre Ufologia.

Natural de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, nos Açores, Victor nasceu no dia 2 de janeiro de 1931. Veio para o  Brasil de navio, desembarcou na cidade de Santos (SP), em 1957, com 26 anos. Morou em Alegrete (RS), onde fundou em 1967, o Grupo Independente de Pesquisa de Objetos Voadores não Identificados - Gipovni -  de lá pra cá sempre esteve entre os mais importantes nomes da ufologia brasileira e mundial.

Victor Soares teve seu primeiro contato com a Ufologia aos 12 anos, quando, segundo ele, no quintal de sua casa, ouviu uma voz masculina dizendo que era para ele olhar para o céu.

O Professor e Pesquisador Victor Soares foi diretor da Irmandade Cósmica da Cruz do Sul (ICCS) de Gravataí, RS, fundada no dia 20 de agosto de 1967, uma das entidades Ufológicas mais antigas do País que, em 1996, foi substituída pelo Grupo de Estudos de Navexologia e Arqueologia (GENA), do qual era atual presidente. “O Victor Soares não é um Ufólogo. Ele é uma verdadeira instituição de pesquisas Ufológicas”, costumava se referir a ele seu contemporâneo, o general Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa.

O Professor José Victor Soares foi um homem simples, inteligente e brilhante. Um pesquisador querido e respeitado pela Ufologia Brasileira e Internacional. Nos últimos anos de sua vida, viveu com sua esposa Ester em um sítio, na localidade de Morungava, no Município de Gravataí, onde recebia seus familiares, amigos, pesquisadores e profissionais de imprensa.

O Professor Victor Soares foi responsável por mais de 100 publicações, escreveu inúmeros artigos, que foram publicados em revistas e jornais brasileiros, ingleses, franceses, espanhóis e italianos, sendo conhecido em todo o planeta por seu pioneirismo – talvez até mais do que era conhecido no Brasil, onde realizou, em mais de cinco décadas, cerca de 700 investigações ufológicas de campo, a maioria delas no Rio Grande do Sul, onde residia desde que emigrou para cá.

Esteve em vários países e acreditava ter vivido muitas experiências ufológicas de todos os tipos. Era consultor da Revista UFO desde sua fundação, há 27 anos, tendo publicado nela vários textos com os resultados de suas pesquisas. Articulado em suas colocações e ufólogo dedicado a pesquisa, ele surpreendia pela modéstia e aparente fragilidade física. Foram dele contribuições significativas à Ufologia Brasileira e Mundial, em inúmeros episódios de mutilações de animais, abduções alienígenas e aterrissagens, que investigou pessoalmente. Durante a vida  recebeu inúmeras medalhas, diplomas e condecorações de vários países, em reconhecimento ao seu trabalho dedicado a pesquisa.

“Tenho uma compulsão para ir a campo e falar com as testemunhas diretamente. É assim que aprendi a fazer Ufologia, e não ficar num gabinete esperando que os casos cheguem às minhas mãos”, dizia.

Victor viveu uma vida inteiramente entregue à pesquisa ufológica, foram milhares de casos estudados pelo pioneiro Ufólogo que agrupou diversos relatos e fotos provenientes de vários países. “Estudo discos voadores desde 1943, quando ainda não se falava nesse assunto abertamente”, lembra o ufólogo que gostava de comer bananas.

Victor Soares, insubstituível pioneiro da pesquisa Ufológica, foi sepultado às 17 horas no Cemitério Central de Gravataí, na presença de seus familiares e amigos. Elevado para o Oriente Eterno deixou duas filhas que residem em Portugal, um filho - Marcos Santos Soares (45) do segundo matrimônio e a esposa Ester (71), sua fiel e inseparável companheira, que residem no Município de Gravataí, no Sul do Brasil.

O professor Victor se dedicou de corpo e alma a Ufologia, deixa três livros com mais de 300 páginas que não conseguiu publicar e o desejo de realizar um sonho: organizar um museu para visitação pública,  com o acervo de suas pesquisas, fotos, vídeos e documentos importantíssimos, arquivados desde 1943.

Sacudiu o coração de muitas pessoas em diversas partes do Mundo a notícia, recebida do desenlace do professor José Victor Soares, ocorrido na manhã de ontem.

Capa do

tradicional Jornal

Correio de Gravataí,

edição de sábado,

dia 12/11/2010

Veja reportagem com Victor Soares na edição do dia 07/8/2010 no site:

www.correiodegravatai.com.br

Revista UFO:

www.ufo.com.br/.../faleceu-jose-victor-soares-insubstituivel-pioneiro-da-ufologia

     

biografiaufologos.blogspot.com/.../jos-victor-soares-natural-dos-aores.html

 

Victor Soares era um homem respeitado e querido por onde circulava.  Um bom exemplo de altruísmo e dedicação, alguém que sempre fez uso do prumo nas suas construções esotéricas. Sua postura reta, altiva e vertical, sempre  impressionou quem o conheceu  e muitos aprenderam com ele. Foi um verdadeiro amigo, um irmão maduro que enfrentou os problemas e as tristezas da vida, com a mesma serenidade que desfrutou dos momentos de alegria e que, no curso desta etapa da jornada, partiu para o Oriente Eterno.

À família, nossa ativa solidariedade.

“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”. Eclesiastes 12:7